Explosão na Nigéria provoca o 4º vazamento de petróleo do ano

7 de fevereiro de 2022
Nigéria vazamento de petróleo

O ano mal começou e já aconteceram 4 grandes vazamentos de petróleo. Na semana passada, um navio de exploração e armazenamento explodiu no litoral da Nigéria. Os bombeiros demoraram mais de 48 horas para controlar o fogo.

O Trinity Spirit é um FPSO capaz de armazenar cerca de 2 milhões de barris de petróleo e extrair petróleo a mais de 2 km de profundidade. A causa da explosão ainda está por ser investigada. O site Click Petróleo e Gás diz que a embarcação continha 50 mil barris de petróleo no momento da explosão. A Reuters publicou duas matérias a partir de entrevistas com gente do ramo. A versão mais otimista diz que não haveria mais do que 20 mil barris e a mais pessimista sugere que havia cerca de 60 mil barris. Até ontem, os 10 tripulantes que estavam a bordo no momento da explosão estavam desaparecidos. O Valor traduziu uma matéria da Bloomberg a respeito. AP, Al Jazeera, Independent, BBC também deram matérias a respeito do acidente. Neste final de semana, a Bloomberg deu que o fogo no navio havia sido debelado.

A Nigéria foi palco, em dezembro, de um vazamento de 2 milhões de barris de petróleo e gás no delta do rio Níger. A notícia é da Reuters.

No dia 15 de janeiro, 6 mil barris de petróleo vazaram de uma refinaria ao norte de Lima, Peru. O site da Reliefweb conta que o óleo se espalhou pela costa.

No dia 25, um oleoduto submarino vazou a 20 km do litoral do porto de Map Ta Phut, na Indonésia. O Greenpeace mostra uma foto de satélite da mancha de petróleo que, segundo a Reuters, no dia 29, cobria uma área de 47 km2 atingindo praias turísticas.

No dia 31, um oleoduto terrestre vazou na Amazônia equatoriana, contaminando o rio Coca, no Parque Nacional Cayambe-Coca. O vazamento está na casa das dezenas de milhares de barris.

Observação: FPSO (sigla em inglês de a unidade flutuante de armazenamento e transferência) é uma mistura de navio petroleiro fixado em alto mar, conectado a poços submarinos através de com tubulações, a profundidades que podem superar os 2.000 metros. A Petrobrás tem 27 FPSOs em operação, a maior frota do mundo e planeja instalar mais 15 nos próximos 4 anos.

Em tempo: As petroleiras Total, francesa, e CNOOC, chinesa, assinaram um contrato com as estatais de Uganda e da Tanzânia para construir um oleoduto de quase 1.500 km dos campos de petróleo às margens do Lago Albert até o litoral da Tanzânia. Chloé Farand, na Climate Change News, diz que os parceiros não forneceram informações sobre quem estaria financiando a obra. “A Total e a CNOOC estão se mantendo em silêncio sobre a questão crucial de onde virá o dinheiro para seus planos incrivelmente arriscados de gasodutos”, disse Ryan Brightwell, da ONG BankTrack. “Não vejo nada que indique que um acordo para um empréstimo tenha sido assinado.” O Financial Times também deu a notícia, mas sem comentar o financiamento.

 

ClimaInfo, 7 de fevereiro de 2022.

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