Estudo identifica áreas prioritárias para reflorestamento na Amazônia

14 de fevereiro de 2022
reflorestamento Amazônia

Algumas áreas da Amazônia, como São Félix do Xingu (PA), podem gerar uma receita de até R$ 132 bilhões, principalmente por venda de créditos de carbono. O Jornal Nacional, da Rede Globo, deu destaque ao estudo do Projeto Amazônia 2030 que mostra as áreas mais interessantes para o reflorestamento por terem custos menores e maior potencial de retirada de carbono da atmosfera. Além de ser mais barato investir nestas áreas, o investimento protege a biodiversidade e gera emprego e renda para populações desassistidas.

As áreas prioritárias identificadas no projeto correspondem a 10% da Amazônia degradada. O estudo ainda aponta um caminho para que a pecuária deixe de ser a principal causa do desmatamento, pois é possível manter a mesma produção em área menor e dedicar a não utilizada à restauração – a qual pode gerar renda superior à gerada pela pecuária.

Em entrevista ao Um Só Planeta, Marina Piatto, do Imaflora, disse que o “desenvolvimento limpo traria ganho econômico ao Brasil”. Marina acredita que 2022 será um ano de grande importância para o acesso ao mercado sustentável pelo setor agro; também será o primeiro de implementação do novo Plano ABC+, com metas definidas pelo Ministério da Agricultura para a redução de emissões.

“A maior concentração de riquezas do mundo está na Amazônia. Acontece que a estamos predando e destruindo por nada. No mundo de hoje precisamos tanto da preservação ambiental, do sequestro de carbono, e temos no Brasil a maior riqueza para negociar com o mundo. Mas estamos jogando a floresta no chão por ignorância profunda”, afirma o fotógrafo Sebastião Salgado em entrevista ao Valor Econômico sobre suas viagens e estudos na Amazônia e sobre sua exposição em São Paulo, resultado de 48 expedições fotográficas na região. “Sabe qual o preço da floresta amazônica quando a gente derruba? Parece que não custa nada. O preço é a quantidade de dinheiro que teremos que colocar para refazer a floresta que destruímos”, comentou Salgado.

 

ClimaInfo, 14 de fevereiro de 2022.

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