Nesta 2ª feira (28/3), a TV Globo começa a exibir a nova versão da novela “Pantanal”, clássico de Benedito Ruy Barbosa na falecida Manchete no começo dos anos 1990. Três décadas depois, o público brasileiro assistirá à releitura da história de Juma Marruá, Jove e José Leôncio no meio do Pantanal. No entanto, além dos atores e de alguns personagens novos, o público deve esperar também mudanças no cenário da novela – afinal, o bioma ainda se recupera da devastação dos últimos anos, resultado de uma forte estiagem e da pior temporada de incêndios florestais de sua história documentada.
Na BBC Brasil, Rafael Barifouse destacou os reflexos da seca e do fogo sobre o Pantanal. O rio Paraguai, por exemplo, atingiu em outubro passado seu segundo pior nível em 121 anos de medição no município de Ladário, no Mato Grosso do Sul. Além dos rios ainda apresentarem um volume de água menor que o normal, os períodos de cheia estão ficando mais curtos, intensificando o problema da seca. “Eu nunca tinha visto [o Pantanal] tão seco assim”, disse a bióloga Edna Scremin-Dias, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. “As lagoas estão secas em pleno março, quando o pico da seca costuma ser em julho, agosto. A maioria dos campos não alagou”.
Ainda sobre a novela, o Globo Repórter visitou os bastidores das gravações, no Mato Grosso do Sul. Além de conversar com atores e diretores, a reportagem também ouviu vaqueiros e moradores pantaneiros, que falaram sobre a situação do bioma e os desafios para retomar a vida natural no coração da América do Sul.
ClimaInfo, 28 de março de 2022.
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