A ciência do clima pode ser uma vítima colateral da crise geopolítica entre Rússia e Estados Unidos, com prejuízo considerável aos estudos sobre os efeitos da mudança climática sobre o Ártico. Na Associated Press, John Leicester abordou a preocupação de cientistas com as implicações da guerra na Ucrânia sobre pesquisas na área de clima, especialmente a ruptura da interação entre pesquisadores norte-americanos e europeus com seus parceiros russos e disrupções no financiamento de projetos científicos.
“Corremos o risco de perder muito do que impulsiona o nosso mundo em direção a soluções melhores”, comentou o presidente da Academia de Ciência da Estônia, Termo Soomere. “Globalmente, corremos o risco de perder o ponto central da ciência – que é obter informações novas e essenciais e comunicá-las a outras pessoas”. A opinião é a mesma entre cientistas russos, que chamam a situação de “trágica” para a produção de ciência dentro e fora do país.
Em tempo: Prejudicada pelas sanções internacionais, a Rússia pode estar operando de maneira secreta – e perigosa – para garantir que seus navios cargueiros continuem transportando petróleo e gás russo aos mercados consumidores. Segundo a Bloomberg, a suspeita é de que essas embarcações estejam operando com seus sistemas de identificação desligados, o que dificulta sua localização. Isso significa que uma parcela substancial do petróleo global está sendo comercializada de maneira irregular em um mercado paralelo, tornando o setor suscetível a manipulações criminosas.
ClimaInfo, 29 de março de 2022.
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