Coalizão quer reduzir consumo de energia para “mineração” de bitcoins

bitcoin emissões
Mark Felix/Agence France-Presse/Getty

A “mineração de bitcoin”, que ganhou força com a valorização recente da criptomoeda, é uma atividade altamente dependente de energia elétrica – e, em sua maioria, ela acontece em países e regiões nas quais a geração de energia depende de fontes fósseis como carvão e gás natural. Tanto que a pegada de carbono do bitcoin hoje é comparável com a da Suécia. Mas, de acordo com um grupo de organizações ambientais, isso pode mudar com uma simples mudança no código da criptomoeda.

Entidades como Greenpeace e Environmental Working Group, entre outros, lançaram nesta 3ª feira (29/3) a campanha Change the Code Not the Climate, com o propósito de mostrar como a mineração de bitcoin pode acontecer sem depender tanto de energia. O código do software que o bitcoin usa, conhecido como “proof of work”, requer o uso de enormes matrizes de computadores para validar e proteger as transações, o que consome um grande volume de energia. A ideia é que o bitcoin siga o exemplo do etherium, outra criptomoeda, que está mudando seu sistema de validação de dados para o “proof of stake”, o que pode praticamente zerar a quantidade de energia consumida na mineração, com redução de 99%.

Nos últimos tempos, diversos entusiastas do bitcoin buscaram maneiras para diminuir o impacto da operação em termos de consumo de energia, com o uso de fontes renováveis para abastecer os computadores. O problema é que isso não resolve a questão da demanda excessiva de energia nem diminui o consumo prático da mineração de bitcoin.

A articulação teve destaque em diversos veículos, como Bloomberg, Guardian, Wall Street Journal e Um Só Planeta.

 

ClimaInfo, 30 de março de 2022.

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