Não durou nem uma semana a indicação de Adriano Pires para a presidência da Petrobras. De acordo com Malu Gaspar n’O Globo, Pires comunicou ontem (4/4) ao Palácio do Planalto que desistiu de ocupar o comando da estatal no lugar do general Joaquim Silva e Luna. O pano de fundo dessa decisão é a suspeita de conflito de interesses caso o ex-lobista do setor de óleo e gás assumisse a presidência da maior empresa do Brasil. Partidos de oposição e o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União vinham pedindo a divulgação das informações sobre os clientes da consultoria de Pires no setor, o que ele não quis revelar. Em vez disso, Pires optou por não assumir a presidência da Petrobras.
Na semana passada, logo após a indicação de seu nome pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministério de minas e energia já tinha relatórios da área de governança e conformidade da Petrobras que indicavam o risco de o conselho de administração da empresa não aprovar sua indicação exatamente por conta do potencial de conflito de interesses.
Com isso, o futuro do comando da Petrobras segue indefinido. Segundo Ana Flor no g1, o presidente Bolsonaro estaria atuando junto com o ministro Bento Albuquerque para “salvar” a indicação de Pires para a presidência da estatal. Em conversas com auxiliares, o presidente atribuiu as suspeitas contra Pires a “inimigos” do governo que estão dentro da Petrobras.
Estadão, Poder360, Valor e VEJA repercutiram a novela em torno da presidência da Petrobras.
ClimaInfo, 5 de abril de 2022.
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