Depois de chuvas, Rio de Janeiro teme possibilidades de mais desastres climáticos

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Ana Branco / Agência O Globo

O final do verão foi marcado por devastação no Rio de Janeiro. Fortes chuvas causaram inundações e deslizamentos de terra na região serrana e no litoral do estado, com dezenas de mortes e um prejuízo econômico ainda não calculado, mas que dificilmente não ficará na casa das centenas de milhões de reais. Para os fluminenses, a realidade já é difícil, mas o futuro não traz boas perspectivas, pelo contrário – estudos mostram que as tragédias podem se tornar ainda mais frequentes com a intensificação da mudança do clima, especialmente se não houver medidas efetivas de adaptação climática.

No UOL, Igor Mello destacou alguns desses estudos, ressaltando que o impacto das chuvas fortes no RJ pode afetar pelo menos 2,2 milhões de pessoas que vivem hoje na Baixada Fluminense. A situação é ainda mais grave para quem vive em áreas vulneráveis, como encostas de morro e margens de rios e córregos. Além da intensificação da chuva, o aumento do nível do mar também pode dificultar o escoamento da água da chuva, com risco crescente de inundações mesmo em áreas que, hoje, não enchem quando chove.

Já n’O Globo, Eduardo Gonçalves abordou a paralisia do Congresso Nacional em análise e aprovação de projetos de lei que buscam instituir políticas de prevenção a desastres naturais e fundos de amparo financeiro às vítimas. Pelo menos cinco projetos estão em análise hoje no Legislativo federal, protocolados por parlamentares de diferentes partidos e segmentos ideológicos. O mais antigo é de 2011, que estabelece diretrizes para drenagem urbana, mapeamento de zonas de deslizamento e realocação de moradores em áreas de risco. Esta proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas está travada há seis anos no Senado.

 

ClimaInfo, 11 de abril de 2022.

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