Jovens encabeçam protestos contra indústria fóssil e bancos parceiros no Reino Unido

ativismo antifóssil
Henry Nicholls/Reuters

Desde a semana passada, diversos grupos de ativistas climáticos no Reino Unido estão empreendendo uma série de protestos e intervenções contra empresas produtoras de petróleo, gás natural e carvão e as instituições financeiras que ainda lhes fornecem financiamento para produzir combustíveis fósseis. As ações estão sendo lideradas por dois grupos – o Extinction Rebellion, já veterano em protestos de desobediência civil, e o Just Stop Oil, um novo grupo com foco em intervenções diretas nas instalações da indústria fóssil.

No fim de semana passado, as ações do Just Stop Oil se concentraram em três terminais de petróleo no centro e no sudeste da Inglaterra. Manifestantes bloquearam a saída dos terminais, impedindo a passagem de caminhões-tanque. Por consequência, alguns postos de combustível ficaram desabastecidos por algumas horas no domingo (10/4). No mesmo dia, manifestantes do ER bloquearam o tráfego em duas pontes no centro de Londres, inclusive a icônica Tower Bridge. O Guardian deu mais informações.

Ontem, os manifestantes do ER se concentraram na frente da sede da seguradora Lloyd’s, forçando o fechamento do escritório. Em cartazes, faixas e gritos de guerra, o grupo exigiu que a instituição pare de fornecer seguro às empresas de petróleo, gás e carvão. BBC, Financial Times, Guardian e Reuters repercutiram a ação.

Em tempo: Um grupo de cientistas está requisitando ao IPCC a divulgação de atualizações anuais sobre o estado do clima e da ação climática no planeta, com o objetivo de fazer pressão permanente sobre os governos para impulsionar a resposta contra a crise climática. A ideia, de acordo com o Climate Home, é que o Painel forneça um panorama a cada ano, antes da Conferência do Clima da ONU, para embasar as negociações diplomáticas entre os governos e permitir à sociedade civil e aos cientistas intensificar a pressão em torno de soluções imediatas para o problema. O argumento faz sentido: a próxima rodada de relatórios do IPCC, o chamado AR7, está prevista apenas para 2028. Por outro lado, considerando a complexidade do tabuleiro político na aprovação desses relatórios, é difícil vislumbrar um processo que viabilize atualizações anuais pelo IPCC.

 

ClimaInfo, 13 de abril de 2022.

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