Navio petroleiro afunda na costa da Tunísia, que teme por desastre ambiental

Tunisia petroleiro afunda
Zoubeir Soulssl / Reuters

Um navio-tanque que transportava cerca de mil toneladas de diesel do Egito para Malta afundou no Golfo de Gabes, na costa da Tunísia, no último final de semana. A embarcação, de nome Xelo, teria sido atingida por fortes ondas decorrentes de uma tempestade no sul do Mediterrâneo, o que acabou precipitando o afundamento. De acordo com o governo tunisiano, não se identificou sinal de vazamento da carga, mas um comitê especial já foi criado para estabelecer um plano de contingência caso o óleo vaze para o mar. Equipes de mergulhadores verificaram que os tanques seguem selados.

A tripulação do Xelo emitiu um pedido de socorro na noite de 6ª feira (15/4) e buscou abrigo do mau tempo nas águas da Tunísia antes de afundar. As autoridades tunisianas resgataram os sete tripulantes, que receberam os primeiros socorros e foram transferidos para um hotel, e estão investigando o itinerário do petroleiro, que supostamente tem proprietários turcos e líbios.

O principal temor é de que um vazamento de óleo intensifique ainda mais a crise ambiental no Golfo de Gabes, uma área que sofre há anos com a poluição marítima decorrente do despejo de rejeitos tóxicos de fábricas.

Outros países da região, como a Itália, se ofereceram para ajudar a Tunísia na retirada do óleo do navio afundado e em medidas preventivas para evitar um vazamento.

Associated Press, CNN, Deutsche Welle, Reuters e RFI deram mais informações.

Em tempo: Atingida por um tsunami em janeiro passado, Tonga ainda sofre com os efeitos do desastre ambiental. O Guardian destacou um dos problemas que desafiam o pequeno país insular do Pacífico: toneladas e toneladas de plástico, resultado tanto dos estoques de ajuda enviados pelos países vizinhos como também do material acumulado no oceano e despejado na costa pelas ondas. Autoridades locais não sabem o que fazer com esse plástico: Tonga não conta com um sistema de reciclagem e tem um espaço muito limitado para aterros sanitários.

 

ClimaInfo, 19 de abril de 2022.

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