Humanidade está entrando em “espiral de destruição”, alerta relatório da ONU sobre riscos de desastres

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O mundo pode perder décadas de avanços sociais e econômicos até 2030 se não avançar na adaptação climática e nos esforços de mitigação e redução de risco, destacou o Escritório da ONU para Redução do Risco de Desastres (UNDRR). Em relatnd of the World AndroidEório divulgado nesta 3ª feira (26/4), a ONU destacou que a humanidade pode enfrentar uma média de 1,5 desastres por dia até o final desta década caso continue se deixando levar por uma percepção distorcida de risco baseada em “otimismo, subestimação e invencibilidade”, ignorando os riscos potenciais da mudança do clima e da perda da diversidade biológica. 

“O mundo precisa fazer mais para incorporar o risco de desastres em como vivemos, construímos e investimos, o que está colocando a humanidade em uma espiral de autodestruição”, observou Amina J. Mohammed, vice-secretária-geral da ONU, durante o lançamento do Relatório de Avaliação Global (GAR 2022) em Nova York. “Devemos transformar nossa complacência coletiva em ação. Juntos, podemos diminuir a taxa de desastres evitáveis enquanto trabalhamos para cumprir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para todos”.

O relatório apontou que a implementação de estratégias de redução de risco de desastre, conforme exigido pelo Marco de Sendai para Redução de Risco de Desastres 2015-2030, reduziu o número de pessoas impactadas e mortas por desastres na última década. No entanto, a escala e a intensidade dos desastres estão aumentando, com mais pessoas mortas ou afetadas por desastres nos últimos cinco anos do que nos cinco anteriores. O peso dos desastres é maior nos países em desenvolvimento, que perdem em média 1% de seu PIB todos os anos por conta de desastres, bem acima do prejuízo de 0,3% observado nas economias desenvolvidas. Esse impacto é ainda maior na Ásia-Pacífico, onde a perda média do PIB decorrente de desastres é de 1,6% por ano.

Associated Press, Deutsche Welle e Reuters destacaram o alerta da ONU.

 

ClimaInfo, 27 de abril de 2022.

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