“Bombas de carbono”: projetos do Big Oil podem detonar as chances de limitar o aquecimento global

Bombas de Carbono
Montagem Guardian / Reuters / EPA / Getty / Sipa / Rex / Shutterstock

As grandes petroleiras, por trás de juras verdes e renováveis, estão investindo, e muito mais exploração de fósseis. Os frutos desses investimentos, além de encherem bolsos de acionistas e executivos, empurrarão o mundo para além dos 2°C. Uma investigação do Guardian foi atrás dos planos de Shell, BP, Exxon e irmãs. Eles viram que:

  • Os planos de expansão de fósseis a curto prazo envolvem projetos de petróleo e gás que irão emitir o equivalente a uma década de emissões da China, o maior poluidor do mundo.
  • Serão quase 200 verdadeiras “bombas de carbono”, cada uma emitindo 1 bilhão de toneladas de carbono ao longo da sua vida útil. As “bombas” juntas emitirão o mesmo que o mundo todo emitiu nos últimos 18 anos. 60% dessas “bombas” já estão em operação.
  • Enquanto o noticiário coloca a Rússia e a OPEP à frente das questões de petróleo e gás, o grosso do investimento e a maioria das “bombas” estão nos EUA, Canadá e Austrália. Que, aliás, são países com altos subsídios aos fósseis.

Outra matéria do Guardian traz a palavra de Fatih Birol, diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (IEA), advertindo que esses projetos “não são a solução para as nossas necessidades urgentes em matéria de segurança energética” e irão acorrentar (lock-in) o mundo à utilização desses fósseis.

O Guardian ainda traz matérias específicas sobre os EUA e a Austrália e uma sobre a petroleira Exxon. O Daily Mail também comentou as “bombas”.

 

ClimaInfo, 13 de maio de 2022.

Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.