Análise: América do Sul pode perder US$ 17 tri até 2070 por conta do clima extremo

América do Sul eventos climáticos extremos
Alexandre Cassiano/Agência O Globo

Um levantamento da consultoria Deloitte estimou o impacto econômico da intensificação de eventos climáticos extremos na América do Sul caso os países da região não avancem com medidas de adaptação. A conta é salgadíssima: US$ 17 trilhões pelos próximos 50 anos. Nesse cenário, como apontado por O Globo, o continente teria 18 milhões de empregos a menos e uma perda de 12% de seu PIB, o equivalente a US$ 2 trilhões, montante maior do que a economia atual do Brasil.

Esses dados reforçam a importância de uma ação imediata e substancial dos países sul-americanos para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, para conter o aumento da temperatura média terrestre, e para se preparar aos efeitos das mudanças climáticas já garantidas. De acordo com a análise, um mundo com aquecimento limitado a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais deixaria o continente praticamente ileso em termos econômicos e com um saldo de 2 milhões de empregos e de US$ 150 bilhões em seu PIB. Essas ações teriam um custo maior no curto prazo, mas a descarbonização sul-americana “se pagaria” a partir de 2060, com a região se beneficiando economicamente. O Metrópoles também repercutiu a análise da Deloitte.

 

ClimaInfo, 30 de maio de 2022.

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