Sistemas de monitoramento na Amazônia

Na Amazônia, todos os anos, grandes áreas de florestas sofrem incêndios, desmatamento e queimadas. Nesta aula, o engenheiro Antônio Fonseca, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), explica sobre como o monitoramento desses distúrbios podem promover a conservação da Amazônia e apresenta as plataformas por meio das quais é possível acessar as informações. Ensina, ainda, como interpretar os dados.

Destaques da aula:
  • O monitoramento Amazônia é realizado por meio de satélites, cujas imagens captadas servem de base para o acionamento de alertas de desmatamento e de degradação da floresta. 
  • Esse modelo foi criado para que as fiscalizações pudessem ocorrer de forma assertiva, interrompendo processos de desmatamento em sua etapa inicial. Contudo, a maior parte dos alertas não resulta em apuração in loco.
  • As imagens obtidas permitem identificar ações de desmatamento mais severas, focos de incêndio e, também, extração ilegal de madeira.

O monitoramento Amazônia é realizado por meio de satélites, cujas imagens captadas servem de base para o acionamento de alertas de desmatamento e degradação da floresta. 

Nesta aula, o professor Antônio Fonseca, engenheiro do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), explica o funcionamento desse sistema de monitoramento e como suas informações devem ser interpretadas.

Periodicamente, os satélites tiram fotografias das áreas de floresta. As imagens são comparadas de forma automática com as obtidas no registro anterior e, caso seja constatada a perda de vegetação, o sistema gera um alerta. Ocorre uma reanálise por um profissional, e a informação é repassada aos órgãos competentes.

Esse modelo foi criado para que as fiscalizações pudessem ocorrer de forma assertiva, interrompendo processos de desmatamento em sua etapa inicial. Contudo, a maior parte dos alertas não resulta em apuração.

As imagens obtidas permitem identificar ações de desmatamento mais severas, focos de incêndio e, também, extração ilegal de madeira.

Para os jornalistas, Antônio indica o uso de ferramentas secundárias, que oferecem os dados do monitoramento já formatados e em uma linguagem acessível. Algumas delas são: 

  • DETER (Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real), ou DETER-A – desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Desde 2004, o sistema gera alertas rápidos para evidências de alteração da vegetação nativa na Amazônia.
  • MapBiomas Alerta – Sistema de validação e refinamento de alertas de desmatamento com imagens de alta resolução. Reúne todos os alertas disponíveis para o território nacional e faz cruzamentos com outros dados relevantes, como autorizações de supressão de vegetação, embargos, Cadastro Ambiental Rural (CAR), Unidades de Conservação (UCs), Terras Indígenas (TIs), etc..

Saiba mais:

Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia
https://imazon.org.br
Mais da metade da area com exploração de madeira no Pará não foi autorizada pelos órgãos ambientais
https://imazon.org.br/imprensa/mais-da-metade-da-area-com-exploracao-madeireira-no-para-nao-foi-autorizada-pelos-orgaos-ambientais/

Sobre o professor:

Antônio Fonseca é pesquisador no Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). É engenheiro ambiental formado pela Universidade do Estado do Pará e especialista em Estatística pela Universidade Federal do Pará.