Soluções baseadas na natureza em Santa Catarina

Nesta aula, a ativista ambiental e professora Miriam Prochnow fala sobre as ações realizadas em Santa Catarina em prol do meio ambiente, que mitigam as consequências das mudanças climáticas por meio das soluções baseadas na natureza.

Destaques da aula:
  • Os aspectos cruciais para o desenvolvimento de soluções baseadas na natureza são os seguintes: matriz energética renovável e sustentável e segurança alimentar, além da restauração ambiental.
  • Uma das premissas básicas para essas soluções é a necessidade de que sejam construídas de forma coletiva.
  • A aplicação da legislação ambiental também é de grande relevância pois, apenas com o cumprimento de normas como as previstas no Código Florestal brasileiro, já seria possível garantir a preservação e/ou recuperação de grandes extensões de terras.

As soluções baseadas na natureza são mecanismos voltados para que a sociedade responda de foma eficiente às crises que o planeta enfrenta – crise sanitária, expressa atualmente pela pandemia da COVID-19; crise econômica; e as mudanças climáticas.

Nesta aula, a professora Miriam Prochnow conta como a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) vem desenvolvendo este tipo de solução de forma eficaz. Fundada em 1987, a organização coleciona resultados positivos obtidos por meio da sua atuação no estado de Santa Catarina.

Uma das premissas básicas para essas soluções é a necessidade de que sejam construídas de forma coletiva, envolvendo as comunidades e criando uma sensação de pertencimento para o projeto que esteja sendo desenvolvido. Com o estímulo ao protagonismo popular, ampliam-se as chances de que, por exemplo, uma área ambientalmente restaurada não volte a ser degradada no futuro.

Outros aspectos cruciais para o desenvolvimento de soluções baseadas na natureza são os seguintes: matriz energética renovável e sustentável e segurança alimentar, além da restauração ambiental.

A aplicação da legislação ambiental é de grande relevância pois, apenas com o cumprimento de normas como as previstas no Código Florestal brasileiro, já seria possível garantir a preservação e/ou recuperação de grandes extensões de terras.

Algumas das soluções baseadas na natureza que a Apremavi adota em sua sede são o uso de energia solar, com a instalação de painéis fotovoltaicos no próprio terreno, captação de água da chuva para reaproveitamento nas atividades cotidianas, e a adoção do sistema Ellepot no processo produtivo das mudas comercializadas pela organização – essa modalidade substitui tubetes plásticos, nos quais as mudas são cultivadas, por embalagens de papel que podem ser plantadas junto com as mudas.

Essas e outras iniciativas são implementadas pela Apremavi nos locais onde desenvolve seus projetos, muitas vezes realizados em parceria com empresas. Isso torna as soluções baseadas na natureza um caminho para que a sociedade se una nos processos de mitigação das mudanças climáticas e de restauração ambiental.

Saiba mais:

Série “Mulheres que restauram”
https://apremavi.org.br/jo-santin-e-o-desejo-da-terra-produtiva-mulheres-que-restauram/
Folha de S. Paulo
Recuperação da mata e oportunidade única para enfrentar as mudanças climáticas
Apremavi
https://apremavi.org.br 
Mídia Ninja
A esperança que floresce na serra catarinense
Vale Agrícola
Oma cuida de jardim com centenas de flores

Sobre a professora:

Miriam Prochnow  é ambientalista, ativista climática, pedagoga e especialista em Ecologia. Trabalha na área ambiental, com enfoque no acompanhamento e na proposição de Políticas Públicas, Sustentabilidade, Educação Ambiental e Desenvolvimento Institucional. Tem mais de 35 anos de experiência em coordenação de organizações da sociedade civil; execução de projetos de conservação e uso sustentável dos recursos naturais e culturais; campanhas; desenvolvimento institucional; e produção de materiais e publicações, tendo atuado em ONGs, redes e no Governo Federal. É fundadora da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da vida (Apremavi) e foi coordenadora da Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses (FEEC) e da Rede de ONGS da Mata Atlântica (RMA). Foi secretária-executiva do Diálogo Florestal. Também tem atuado no desenvolvimento e na implantação de programas ambientais, bem como na negociação com diferentes setores, como o Observatório do Clima, o Observatório do Código Florestal.