Índice global de desempenho ambiental

Índice global de desempenho ambiental
Ole Jensen/Getty Images

Saiu a mais recente edição do Environmental Performance Index (EPI), desenvolvido por pesquisadores das Universidades de Yale e Columbia (EUA). O Índice de Desempenho Ambiental classifica 180 países em seus esforços de proteção da saúde ambiental, de aumento da vitalidade dos ecossistemas e de mitigação das mudanças climáticas. Usando 40 indicadores de desempenho, o índice mede quão perto os países estão de cumprir metas de sustentabilidade estabelecidas internacionalmente. A notícia é do Um Só Planeta.

Assim como vários outros estudos e relatórios, este também conclui que o progresso global na redução das emissões de gases de efeito estufa continua insuficiente para atingir a meta de emissões líquidas zero até meados do século. Uma série de nações, incluindo o Brasil, deve ficar muito abaixo da meta.

Os cinco primeiros lugares na edição deste ano do índice são ocupados por nações europeias: Dinamarca, Reino Unido, Finlândia, Malta e Suécia. O Brasil está em um distante 81º lugar, empatado com o Afeganistão e atrás de Cuba, Venezuela, Suriname e Zimbábue, entre outros. Os autores atribuem a posição do Brasil ao descaso do governo atual com o meio ambiente. Com sucessivos maus resultados no clima. A Índia amarga a última posição.

Talvez a liderança europeia não se repita na próxima edição do Índice: como Um Só Planeta destaca, a União Europeia está aumentando a queima de carvão para driblar a dependência do gás russo, pondo em xeque os planos de corte de 55% das suas emissões até o final desta década.

Os autores ambicionam que políticos de todo o mundo usem o Índice para conhecer os principais impulsionadores de desempenho ambiental utilizados com sucesso. A edição deste ano confirma que fatores como o uso adequado de recursos financeiros, boa governança, desenvolvimento humano e qualidade regulatória são importantes para elevar a sustentabilidade de um país.

As nações com pontuação alta no EPI exibem investimentos longevos e contínuos em políticas que protegem a saúde ambiental, preservam a biodiversidade e os habitats, conservam os recursos naturais e dissociam as emissões de gases de efeito estufa do crescimento econômico.

Mais uma vez, #ficadica para os candidatos às eleições deste ano e os formuladores de seus programas de governo.

Em tempo: Na última terça (21/6), teve início em Nairóbi mais uma etapa das negociações para gerar um acordo global de proteção à natureza. Este tem sido comparado em importância ao Acordo de Paris, por sua ambição e pelas dificuldades nas negociações. A exemplo das negociações climáticas, também neste caso a questão do financiamento é um dos principais obstáculos a um consenso. O martelo final será batido entre 5  e 17 de dezembro em Montreal, no Canadá, se tudo der certo. Esta matéria de Um Só Planeta traz os detalhes.

 

ClimaInfo, 23 de junho de 2022.

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