Mais uma vez, o noticiário internacional foi tomado nos últimos dias pela ocorrência de eventos climáticos extremos nos mais variados locais do globo. Na Ásia e na Oceania, o problema tem sido as chuvas fortes que causaram inundações e deslizamentos de terra, deixando dezenas de mortos e milhares de pessoas desabrigadas e desalojadas.
Na Austrália, a situação é mais complicada na região de Sydney, que vem registrando chuvas bem acima da média nas últimas semanas. Cerca de 32 mil pessoas foram alertadas para evacuação na cidade e em outros pontos da província da Nova Gales do Sul. Além da chuva, as tempestades também trouxeram ventos fortes, com velocidade até 100 km/h, o que intensificou o prejuízo material. Por ora, não houve registro de mortes no país em decorrência das chuvas e inundações. Associated Press, Bloomberg, Guardian e Reuters repercutiram o impacto das chuvas em Sydney.
Já na China, a chegada do primeiro tufão deste verão trouxe fortes chuvas nas regiões central e sul do país. A tempestade Chaba aconteceu cerca de um mês antes do início previsto para a temporada de tufões, inaugurando o que deve ser um mês de julho particularmente chuvoso para os chineses. De acordo com a Reuters, meteorologistas de Pequim assinalam que o risco de fortes chuvas deve seguir alto pelo menos até meados de agosto.
O Climatempo destacou que o volume de chuvas na China entre o início de maio e meados de junho foi o maior desde 1961. Nesse ínterim, o acumulado das precipitações chegou a 621 mm. A chuva extra aliviou a preocupação das autoridades chinesas com a disponibilidade de energia elétrica: como observou a Bloomberg, a demanda por energia diminuiu depois do começo das chuvas, bem como os níveis de reservatórios hidrelétricos melhoraram. Em compensação, no norte do país, o cenário é de forte calor e seca, com os termômetros na casa dos 40ºC nos últimos dias.
Por fim, na Índia e em Bangladesh, a devastação foi mais forte. Pelo menos 26 pessoas morreram no último final de semana em Noney, no estado de Manipur, por conta de um deslizamento de terra. Segundo a Associated Press, a maior parte dos mortos era composta por membros do exército territorial que estavam fornecendo segurança para funcionários de uma ferrovia contra ataques de grupos terroristas locais. As chuvas contínuas nas últimas semanas causaram estragos no noroeste indiano, afetando cerca de 45 milhões de pessoas, além da região costeira de Bangladesh. A Reuters também repercutiu a notícia.
ClimaInfo, 5 de julho de 2022.
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