Clima extremo: inundações históricas na Austrália e secas intensas nos EUA e Europa

Clima Extremo Austrália
CPL David Cotton/Dep. Defesa Australiana via AP

Os danos causados pelas fortes chuvas que caem no sudeste da Austrália seguem se acumulando. Cerca de 85 mil pessoas em Sydney e arredores tiveram que ser evacuadas por causa das inundações persistentes e crescentes. A chuva, que tinha dado um alívio, voltou a cair com força ontem (6/7). A média de chuva acumulada apenas nos últimos quatro dias em Sydney supera os 208 mm, mais do que a média esperada para todo o mês de julho. Em outras localidades fora de Sydney, a chuva acumulada é ainda maior: em Brogers Creek, caíram 933 mm nesse mesmo período.

O governo australiano decretou estado de calamidade pública na maior parte do estado da Nova Gales do Sul, com a expectativa de que a situação continue perigosa até o final desta semana, quando as chuvas deverão cessar.

O primeiro-ministro Anthony Albanese visitou a área afetada e reforçou que o governo atuará com “soluções de longo prazo” para diminuir o impacto de desastres desse tipo no futuro. Albanese, recém-empossado premiê, ganhou as eleições de maio com uma plataforma de mais ambição climática e mais cuidado com os eventos extremos. Associated Press, Bloomberg, Reuters, RFI e Washington Post deram mais informações.

Enquanto isso, a seca segue em boa parte da porção mediterrânea da Europa e no sudoeste dos Estados Unidos. Na Itália, que sofre com uma forte onda de calor e estiagem, equipes de resgate seguem nas buscas pelas vítimas de uma avalanche causada pelo colapso de uma geleira nos Alpes, no norte do país. Outros três corpos foram encontrados ontem, elevando o número total de mortos para nove, informou o Guardian. Já a Associated Press abordou a análise de especialistas em clima sobre a perspectiva de que eventos semelhantes se repitam nos Alpes neste e nos próximos verões, com a expectativa de que as temperaturas continuem subindo no médio prazo durante a temporada quente.

Nos Estados Unidos, a Associated Press informou que o Grande Lago Salgado de Salt Lake City, em Utah, atingiu nesta semana o menor nível da história. De acordo com autoridades locais, a profundidade do lago atualmente é de menos de 1,3 quilômetro nos pontos mais profundos, o menor índice em 170 anos. Espera-se que os níveis do lago continuem caindo até o outono ou o inverno, em meio a uma forte onda de calor que atinge boa parte da porção ocidental norte-americana.

 

ClimaInfo, 7 de julho de 2022.

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