O final de semana foi marcado por extremos climáticos nos Estados Unidos. Enquanto boa parte do país sofre com uma forte onda de calor, o estado do Kentucky voltou a sofrer com chuvas intensas e repentinas que causaram inundações-relâmpago. Até o começo da noite de domingo, as autoridades locais confirmavam a morte de 26 pessoas, além de 37 ainda desaparecidas.
O governador do Kentucky, Andy Beshear, afirmou que o trabalho de busca pelas vítimas pode levar semanas, já que a infraestrutura de transporte em alguns pontos foi totalmente comprometida, com o colapso de pontes e redes de comunicação. “Há danos generalizados com muitas famílias deslocadas e mais chuva prevista para as próximas horas”, disse Beshear.
O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA estimou que, em algumas áreas do estado, o acumulado da chuva superou os 10 centímetros em pouco mais de 24 horas. A expectativa é de que as chuvas sigam com algum grau de intensidade no Kentucky até a 3ª feira (2/8).
O governo federal norte-americano declarou situação de desastre no estado para direcionar recursos aos esforços de busca e salvamento e de reconstrução da infraestrutura crítica afetada. Associated Press e Reuters deram mais informações.
Enquanto isso, do outro lado dos EUA, o calor é o principal problema. Há semanas, a porção ocidental do país experimenta uma forte onda de calor, com temperaturas bem acima do normal mesmo para os padrões do verão.
A Associated Press destacou que, somente na região de Portland, no Oregon, suspeita-se que pelo menos seis pessoas tenham morrido nos últimos dias por conta das altas temperaturas.
Mais ao sul, na Califórnia, o calor intenso e o ar seco estão potencializando a ocorrência e a proliferação de incêndios florestais. O cenário também é preocupante em outros estados, como Montana e Idaho, onde também foram registrados focos de fogo na última semana.
O Financial Times mostrou em infográfico como o oeste dos EUA está “assando” nos últimos dias por causa da onda de calor.
Em tempo: Fortes chuvas que começaram na 4ª feira (27/7) causaram a morte de pelo menos 53 pessoas no Irã. A maior parte das mortes aconteceu em duas aldeias, a nordeste e noroeste de Teerã, por conta de um deslizamento de terra. Das 31 províncias do país, 21 registraram danos causados pela chuva, no pior desastre climático em uma década. Associated Press, NY Times e Reuters repercutiram a notícia.
ClimaInfo, 1º de agosto de 2022.
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