Nova Zelândia apresenta plano para adaptação e prevenção de desastres climáticos

Nova Zelândia plano climático
Jorge Fernández/LightRocket/Getty

O governo da Nova Zelândia apresentou ontem (3/8) um plano nacional para adaptação climática, com foco na prevenção a inundações, incêndios florestais e a elevação do nível do mar, efeitos da mudança do clima.

Abrangente, o plano coloca o país na dianteira dos esforços para preparar a economia e as comunidades para eventos climáticos extremos, com foco em infraestrutura, habitação, cidades e tesouros culturais.

“Já vimos o que pode acontecer. Eventos climáticos severos que antes pareciam impensáveis, mesmo há apenas alguns anos, agora estão acontecendo em um ritmo e intensidade que nunca experimentamos antes”, afirmou o ministro do clima, James Shaw. “Mesmo com um 1,5ºC de aquecimento, veremos os impactos das mudanças climáticas em nossas comunidades e na maneira como vivemos nossas vidas”.

A maior parte do plano define medidas para preparar pessoas, empresas e governos locais, garantindo que eles tenham informação adequada e clara sobre os riscos climáticos em seu planejamento. Entre as ações propostas, estão a obrigação de imobiliárias e corretores de informar eventuais compradores sobre os riscos climáticos associados à determinada propriedade, a criação de mapas nacionais atualizados com informação sobre exposição a risco de inundações, incêndios e avanço do nível do mar.

Por outro lado, o plano para adaptação climática traz pouca informação sobre um problema que é crítico para um país insular como a Nova Zelândia: o que fazer quando comunidades inteiras tiverem de deixar suas casas por causa da elevação do mar. Associated Press, Guardian e VEJA, entre outros, repercutiram a notícia.

Enquanto isso, na vizinha Austrália, o primeiro-ministro Anthony Albanese conseguiu fechar o apoio de parlamentares do Partido Verde a seu projeto de lei climática. A avaliação inicial desse grupo era de que o plano apresentado pelo governo australiano era insuficiente em ambição climática e pouco avançava na questão do fim do consumo de combustíveis fósseis. No entanto, o argumento governista foi mais forte: para Albanese, o momento é de retomar a agenda climática na Austrália depois de uma década de desmantelamento negacionista dos governos anteriores. Associated Press, Guardian e Reuters deram mais informações.

 

ClimaInfo, 4 de agosto de 2022.

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