Saudi Aramco bate recorde e lucra mais de US$ 48 bi no 2º trimestre

15 de agosto de 2022
Saudi Aramco lucros recorde
Ahmed Jadallah/Reuters

A megapetroleira Saudi Aramco anunciou seu maior lucro trimestral da história, impulsionado pela alta nos preços dos combustíveis fósseis nos últimos meses. Entre abril e junho, a empresa saudita lucrou US$ 48,4 bilhões (cerca de R$ 246 bilhões na cotação desta 2ª feira 15/8), um aumento de 90% em relação ao mesmo período do ano passado.

Como bem assinalou a BBC, o montante é superior ao PIB de mais da metade dos países do mundo, acima de nações como Bolívia, Paraguai e Islândia.

Como outras petroleiras, a Aramco foi bastante beneficiada pela instabilidade recente nos preços internacionais do petróleo, precipitada pela invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro. Mesmo com o lucro arrebatador, a empresa anunciou que manterá seus dividendos inalterados em US$ 18,8 bilhões no 3o trimestre, priorizando investimentos na expansão de sua produção.

“Embora a volatilidade do mercado global e a incerteza econômica permaneçam, os eventos durante o primeiro semestre deste ano apoiam nossa visão de que o investimento contínuo em nosso setor é essencial – tanto para garantir que os mercados permaneçam bem abastecidos quanto para facilitar uma transição energética ordenada”, disse Amin H. Nasser, CEO da Aramco.

O executivo ressaltou o interesse da petroleira saudita em avançar na diversificação de suas fontes energéticas, com destaque para as energias renováveis: “Embora haja uma necessidade muito real e presente de salvaguardar a segurança do fornecimento de energia, as metas climáticas permanecem críticas”. Por outro lado, não houve qualquer sinalização da empresa sobre o quanto deste lucro pretende reverter em aumento de sua oferta de energia renovável no curto prazo.

Bloomberg, CNN, Financial Times, Guardian, Reuters e Wall Street Journal, entre outros, repercutiram a notícia.

Enquanto isso, a Reuters destacou as perspectivas da Agência Internacional de Energia (IEA) e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) sobre a demanda global por petróleo. Enquanto a primeira revisou para cima sua previsão de crescimento da demanda para 2022, a segunda reduziu sua expectativa de aumento da demanda até o final do ano. Mesmo assim, em termos absolutos, as duas previsões estão muito próximas, com a demanda global calculada em 100,03 milhões de barris diários de petróleo pela OPEP e 99,7 milhões pela IEA.

 

ClimaInfo, 16 de agosto de 2022.

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