Tempestades tropicais estão se formando e se aproximando dos continentes cada vez mais cedo, na prática fazendo com que a estação dos furacões atlânticos comece antes do início oficial da temporada de furacões à medida em que aumenta a temperatura da superfície do oceano, segundo estudo recém publicado na Nature Communications.
O estudo foi publicado justamente quando a NOAA, agência do governo dos EUA, considera antecipar a data oficial de início da temporada de furacões de 1º de junho para 15 de maio.
Como relatado pelo Washington Post, a data de início da temporada de furacões é um dos vários atributos que parecem estar mudando diante do aquecimento dos oceanos e da mudança climática causada pela atividade econômica da humanidade.
“É improvável que esta mudança tenha sido causada apenas pelo acaso ou por diferenças nas tecnologias de observação”, disse o autor principal do estudo, Ryan Truchelut, presidente da empresa privada de previsões Weather Tiger, ao USA Today: “Estas mudanças estão ocorrendo devido a um ambiente mais favorável para a formação de ciclones tropicais no Atlântico ocidental, Golfo do México e Caribe ocidental no final da primavera”.
Em tempo: As mudanças climáticas estão aumentando também o risco de uma megainundação na Califórnia, mostra estudo publicado na Science. Os pesquisadores revelaram que, se seguirmos com altas emissões de carbono à atmosfera, a probabilidade de ocorrência de um evento como o que acontece uma vez a cada 200 anos aumentaria em 683% até 2060. A megainundação hipotética tem sido chamada de “o outro grande evento” californiano, em referência a um terremoto de grande magnitude previsto para algum momento futuro. Mas ela rivalizaria até mesmo com o tremendo tremor de terra, excedendo os danos “por uma margem considerável”, de acordo com o estudo. CNN, NYT, CBS, Washington Post, e The Guardian repercutiram as conclusões.
ClimaInfo, 18 de agosto de 2022.
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