Ferramenta classifica riscos e custos ambientais de projetos de energia 

19 de agosto de 2022

O financiamento para energia renovável, especialmente as fontes eólica e solar, é positivo não apenas para o clima global, mas também para os negócios ESG das instituições financeiras no Brasil. Uma análise apresentada nesta 5ª feira (18/8) pelo Instituto Escolhas mostrou que usinas eólicas e solares são os projetos de energia que oferecem os menores custos e riscos socioambientais, enquanto fontes mais sujas, como termelétricas a gás natural ou a óleo, oferecem riscos e custos substanciais para seus financiadores.

Esses dados são expostos pelo Rating ESG, ferramenta desenvolvida para facilitar a decisão de investimento das instituições financeiras em projetos de energia, considerando aspectos ambientais e sociais. A classificação é feita a partir de 57 indicadores, organizados em torno de seis critérios e convertidos em valores de 1 a 100. No tripé ESG, a dimensão ambiental tem mais peso, com 40% da classificação, seguida pela dimensão social (35%) e governança (25%).

“Mais abrangente e preciso, o Rating ESG dá ênfase inédita a esses aspectos, fazendo com que recebam o devido peso na alocação de recursos pelas instituições financeiras. A ferramenta também facilita a diferenciação entre iniciativas realmente comprometidas com os desejáveis critérios ESG e aquelas que apenas adotam procedimentos superficiais – o já famoso greenwashing”, destacou a análise. O Valor repercutiu essa notícia.

Em tempo 1: Enquanto isso, a ANEEL anunciou nesta semana o edital do Leilão A-5, que comprará eletricidade de novos empreendimentos energéticos com fornecimento a partir de janeiro de 2027. O certame deve acontecer no dia 16 de setembro. O Valor destacou que, dos 2.044 projetos cadastrados para participar do leilão, 1.345 são empreendimentos de fonte solar fotovoltaica, com oferta de 55,8 mil MW de potência.

Em tempo 2: Mesmo com a decisão judicial que exigiu a suspensão imediata das atividades de instalação de usinas termelétricas flutuantes na Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro, a empresa responsável pelo empreendimento segue trabalhando, com movimentação de trabalhadores e embarcações. A denúncia foi feita pelo Instituto Arayara depois de uma vistoria na área do empreendimento, junto com representantes da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas (CONFREM) e de pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Além da presença de operários trabalhando na instalação de equipamentos, foi identificada a presença de uma embarcação de suporte da empresa Karpowership, utilizada comumente para transporte de peças e suprimentos para os navios-usinas.

 

ClimaInfo, 19 de agosto de 2022.

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