Levantamento indica “perda sem precedentes” de árvores por incêndios florestais nos últimos 20 anos

incêndios florestais
Greenpeace Internacional

Os incêndios florestais experimentaram uma verdadeira explosão nas últimas duas décadas, com a área florestal queimada praticamente dobrando nesse período em todo o mundo. De acordo com o Global Forest Watch (GFW), o fogo destruiu cerca de 3 milhões de hectares por ano entre 2001 e 2021, o equivalente à área da Bélgica. A maior parte dessa área (cerca de 70%) se concentra nas florestas boreais do norte da Rússia, Canadá e Alasca. Os dados foram publicados na revista Frontiers in Remote Sensing.

No ano passado, a Rússia respondeu por mais da metade dos 9,3 milhões de hectares incendiados globalmente. Essa destruição sem precedentes foi favorecida pela ocorrência de ondas de calor prolongadas, que aumentaram o risco de incêndio e facilitaram sua disseminação mais rápida. Nesses 20 anos, o território russo registrou uma perda de 53 milhões de hectares de floresta consumidos pelo fogo.

A situação também preocupa no Brasil. Desde 2001, de acordo com o GFW, 9,5 milhões de hectares foram queimados, o equivalente a 15% do total mundial. Dois terços dessas perdas ocorreram em florestas primárias, que são reservas importantes de carbono e biodiversidade. A perda florestal está facilitando a ocorrência e a disseminação do fogo na Amazônia, o que torna a floresta ainda mais vulnerável às queimadas provocadas pelo desmatamento.

AFP, BBC e Mongabay, entre outros, repercutiram esses dados.

 

ClimaInfo, 19 de agosto de 2022.

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