Se os europeus já estão passando por maus bocados agora, a situação deve ser ainda mais complicada nos verões futuros. Castigada por estiagens, ondas de calor, tempestades e inundações-relâmpagos em diferentes partes do continente, a Europa precisa se preparar para extremos climáticos mais frequentes e intensos nas próximas décadas, alimentados pelo aquecimento global.
N’O Globo, Amanda Scatolini destacou o alerta de cientistas e da ONU sobre o impacto do clima extremo sobre a segurança hídrica na Europa e em outros continentes no hemisfério norte. O total de pessoas que sofre com estresse hídrico em todo o mundo já supera os 2,3 bilhões de pessoas, enquanto espera-se que mais de 75% da população mundial esteja nessa condição até 2050, principalmente se o mundo não for capaz de conter o aumento da temperatura média global dentro dos limites estabelecidos pelo Acordo de Paris.
Já no Valor, Vivian Oswald trouxe de Londres um alerta do comitê de mudança climática do Parlamento britânico quanto ao risco das mortes relacionadas ao calor triplicarem nas próximas décadas no Reino Unido. Ela também destacou aspectos curiosos do clima extremo na Europa, como, por exemplo, a possibilidade da hoje fria Dinamarca se tornar o próximo centro de produção de vinhos no continente. Produtores mais ao sul, principalmente Portugal, Espanha e França, acumularam safras sucessivas abaixo do normal, impactadas pela falta de chuvas e pelo calor mais forte.
O Jornal Nacional (TV Globo) fez um panorama da ciranda climática europeia: enquanto franceses e espanhóis lutam com a pior estiagem em séculos, a ilha de Córsega ainda faz as contas do prejuízo causado por uma forte tempestade que por lá caiu na semana passada. As chuvas fortes também causaram problemas na Áustria, a poucos quilômetros do norte da Itália, país que atravessa a pior seca da história. O Estadão também mostrou um apanhado geral do clima extremo neste verão do hemisfério norte.
ClimaInfo, 22 de agosto de 2022.
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