Silenciosa, temporada de furacões no Atlântico pode ganhar força em setembro

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Brian Jannsen/Alamy

Estamos entrando em setembro e o noticiário climático-meteorológico não poderia ser mais intenso. Ondas de calor, secas históricas, tempestades, inundações-relâmpago, tudo isso vem sendo divulgado às pencas na imprensa. Mas, curiosamente, está faltando uma coisa bastante comum a essa altura do ano: os furacões no Atlântico.

Pois é, se antes os meteorologistas esperavam uma temporada tão ativa e intensa como a do ano passado, agora eles coçam a cabeça para entender porque raios que ela ainda não deu as caras. Como a Bloomberg destacou, agosto está fechando como o mais calmo em 25 anos, com nenhum registro de furacão em um período de mais de um mês. Historicamente, o Atlântico experimentou agosto sem furacões apenas duas vezes nas últimas seis décadas: em 1961 e em 1997. Por ora, a última tempestade registrada na atual temporada foi a Colin, que se formou no início de julho.

Mas a calmaria pode estar perto do fim. O Centro Nacional de Furacões dos EUA alertou para a possibilidade de formação de uma tempestade a cerca de 1,4 mil km a leste das Pequenas Antilhas, no Mar do Caribe. De acordo com os meteorologistas norte-americanos, existe 50% de chances de que essa tempestade se torne um sistema tropical nos próximos dois dias, e 80% de chances nos próximos cinco. A expectativa é de que a tempestade, caso se forme, passe a norte das Ilhas de Sotavento Britânicas.

De toda forma, como a temporada formal de furacões termina apenas em novembro, e o período de intensidade destas tempestades acontece entre agosto e outubro, ainda existe margem para que a atual temporada fique na mesma linha das dos últimos anos. Guardian e NY Times também abordaram essa questão.

Em tempo: Já no Pacífico, o cenário é diferente. O supertufão Hinnamnor atingiu estágio 5 na categoria de furacões, tornando-se assim a tempestade tropical mais potente de 2022. O sistema avança em direção a ilhas pouco povoadas na região de Okinawa, no Japão, mas ainda existe a possibilidade de que ela chegue até aquelas maiores e mais populosas, ao norte. O Washington Post deu mais informações.

 

ClimaInfo, 31 de agosto de 2022.

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