Guia sintetiza legado de destruição ambiental do governo Bolsonaro

Sinal de Fumaça
Sinal de Fumaça

A pouco mais de um mês para o 1º turno das eleições de 2022, o monitor Sinal de Fumaça lançou no último dia 30 o Guia Amazônia Legal e o Futuro do Brasil – Um raio-X dos 9 estados da região entre 2018-2022, uma publicação independente que sintetiza os principais acontecimentos da pauta socioambiental da gestão do presidente Jair Bolsonaro, com foco nas ações que comprometeram a proteção da floresta e dos Direitos dos Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais que nela vivem.

O Guia expõe com detalhes a situação da Amazônia nos últimos quatro anos, levantando casos emblemáticos nos quais o governo federal minimizou ou se omitiu no combate à violência e às ilegalidades na floresta, bem como situações onde a própria União foi agente ativo de ameaças e agressões contra o meio ambiente amazônico e suas populações. Outro foco do Guia é a ação das bancadas amazônidas no Congresso Nacional e seus deputados “sócios” do governo federal na defesa de projetos que retiram Direitos Indígenas e enfraquecem a fiscalização e a proteção ambiental.

“Produzimos o Guia como mais uma ferramenta para informar a cobertura jornalística e colocar o debate público sobre a Amazônia Legal como pauta central para o país antes, durante e depois das eleições de outubro”, explicou Rebeca Lerer, autora e coordenadora do Sinal de Fumaça. “Priorizamos as narrativas coletadas junto a pessoas que vivem e atuam em cada estado porque sem escutá-las não enfrentaremos de fato o racismo ambiental e a crise climática – dois desafios inadiáveis para o Brasil. O Guia é nossa pequena contribuição para que as pessoas interessadas possam conhecer e compreender melhor as múltiplas ameaças e potências das diferentes partes da Amazônia”. CartaCapital e Ecodebate repercutiram a publicação.

Em tempo: A Repórter Brasil se debruçou no caso dos empresários pró-golpe de Estado que estão sendo investigados pelo inquérito do Supremo Tribunal Federal sobre atos antidemocráticos. Eles ganharam destaque há duas semanas, quando o site Metrópoles revelou trocas de mensagens em um grupo de WhatsApp no qual alguns desses nomes defendiam abertamente a derrubada da ordem constitucional democrática em favor do presidente Jair Bolsonaro. Entre os empresários encalacrados, estão Luiz André Tissot e Marco Aurélio Raymundo, que possuem acusações e multas por desmatamento em seu histórico de negócios. Tissot é dono da Sierra Móveis, acusada de comprar madeira de fornecedores que desmatam ilegalmente na Amazônia. Já Raymundo, também conhecido como Morongo, é dono da Mormaii, uma loja de artigos esportivos; tanto ele como a empresa já foram multados por desmatamento em uma área protegida em Santa Catarina.

 

ClimaInfo, 1º de setembro de 2022.

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