Lula quer aliança internacional pelo financiamento de florestas na COP27

31 de agosto de 2022
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REUTERS/Carla Carniel/

Líder nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência, o ex-presidente Lula já está se movimentando nos bastidores para reposicionar o Brasil na discussão internacional sobre florestas caso seja eleito em outubro. De acordo com a Reuters, o candidato petista estaria articulando a criação de um grupo formado por Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo (BIC) para atuar já na próxima Conferência da ONU sobre o Clima (COP27), no Egito, neste novembro.

A ideia de Lula, segundo a reportagem de Lisandra Paraguassu, é intensificar a pressão sobre os países ricos para que destravem o financiamento internacional para a proteção das florestas tropicais e para definição de detalhes sobre o mercado global de carbono.

“A proposta do BIC é montar uma aliança estratégica para pautar a questão do financiamento já na COP do Egito”, disse o ex-ministro Aloizio Mercadante, que coordena o programa de governo do candidato petista. Os três países concentram os maiores remanescentes de floresta tropical do mundo.

Caso Lula vença as eleições, aliados e auxiliares pretendem participar da Conferência de Sharm el-Sheikh, ainda que de maneira informal – já que, a essa altura, o governo ainda estaria nas mãos de Jair Bolsonaro. O UOL publicou uma tradução da reportagem.

Na discussão sobre financiamento, a questão das florestas não será a única na agenda de negociação da COP27. Como comentou Caroline Prolo na Capital Reset, a “queda-de-braço” é bem mais complexa e envolve outros temas igualmente importantes, como adaptação climática e compensação por perdas e danos.

“O governo do Egito, que preside a conferência, vai usar de todos os esforços para obter resultados significativos nas agendas importantes para os países em desenvolvimento, sobretudo nos temas de financiamento à adaptação e danos climáticos, trazendo o embate ricos versus pobres para o coração das negociações deste ano”, escreveu.

Em tempo: Enquanto isso, representantes das 20 economias mais desenvolvidas do mundo (G20) não conseguiram chegar a um entendimento em torno de um comunicado conjunto sobre as negociações da COP27. De acordo com a Reuters, os ministros discordaram com relação à linguagem usada na proposta de texto apresentada pelo governo da Indonésia, que preside o G20 neste ano, com relação às metas climáticas nacionais e à guerra na Ucrânia. A Associated Press também repercutiu a notícia.

 

ClimaInfo, 1º de setembro de 2022.

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