Polícia investiga conexão entre madeireiros e assassinato de indígenas Guajajara

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Arquivo pessoal

Na semana passada, dois indígenas do povo Guajajara foram assassinados nos arredores da Terra Indígena Araribóia, no centro-oeste do Maranhão. De acordo com o g1, a Polícia Civil do Estado investiga a possibilidade de que as mortes tenham relação com conflitos envolvendo madeireiros que atuam ilegalmente dentro da reserva indígena.

Um dos indígenas assassinados, Janildo Oliveira Guajajara, já atuou como Guardião da Floresta e teria sido morto ao sair de uma festa indígena, na zona urbana de Amarante do Maranhão. Joel Carlos Miranda Guajajara, por sua vez, morreu depois de ser atropelado no município de Arame. O Estado de Minas também repercutiu essa informação.

Enquanto isso, na região de Curionópolis, no Pará, uma operação da Polícia Federal com a Polícia Rodoviária Federal, IBAMA e ICMBIO desmobilizou um garimpo ilegal que operava próximo à linha de transmissão Xingu-Rio, que leva energia ao sudeste do Brasil. De acordo com a PF, três pás carregadeiras foram inutilizadas durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em uma propriedade particular nas proximidades de Serra Pelada. O g1 deu mais informações.

Ainda sobre garimpo ilegal, o g1 repercutiu o envolvimento do secretário de meio ambiente de Canaã dos Carajás, Dionízio Coutinho, em um esquema para proteger atividades ilegais de garimpo que estavam contaminando o rio Parauapebas. Ele teria tentado barrar uma ação do órgão municipal de água e esgoto e do ICMBio para identificar a origem da contaminação. Na última 4a feira (31/8), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da secretaria e na residência particular do secretário.

Em tempo: Oriximiná é um dos maiores municípios do Brasil em termos de extensão territorial, uma joia à margem esquerda do Amazonas fundada por descendentes de escravos e berço do Movimento Quilombola no país. Hoje, essa comunidade também desponta como laboratório para uma iniciativa pioneira de desenvolvimento sustentável baseado na bioeconomia. Aproveitando as riquezas naturais da floresta, sem destruí-la, os quilombolas de Oriximiná estão conseguindo gerar renda e vislumbrando um caminho para o futuro de dezenas de famílias. Daniela Chiaretti abordou essa iniciativa no Valor.

 

ClimaInfo, 6 de setembro de 2022.

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