O verão de 2022 está fechando na Europa cheio de recordes de calor. Não à toa, de acordo com o serviço Copernicus da agência espacial europeia, esta temporada será a mais quente em pelo menos três décadas, com as temperaturas médias de junho a agosto ficando 0,4ºC acima daquelas registradas no último verão, no ano passado e 0,8ºC mais quente em relação aos índices de 2018.
Os termômetros ficaram significativamente acima da média na porção oriental e no sudoeste do continente em agosto; na Península Ibérica, por exemplo, o período junho-agosto manteve temperaturas médias muito acima do normal histórico. Globalmente, agosto ficou 0,3ºC acima da média de 1991-2020 para o mês, o 3o agosto mais quente já registrado. Ondas de calor foram predominantes não apenas na Europa, mas também no centro e no leste da China, bem como na América do Norte.
Agosto também foi muito mais seco do que a média em grande parte da Europa Ocidental e Oriental. Por outro lado, a estação foi mais úmida do que a média na maior parte da Escandinávia e partes do sul e sudeste da Europa. As condições também foram mais úmidas em muitas regiões extratropicais da América do Norte e da Ásia – com destaque para o caso do Paquistão, que experimenta sua temporada de chuva de monção mais forte em uma década.
“Uma série intensa de ondas de calor em toda a Europa, combinadas com condições excepcionalmente secas, levaram a um verão de extremos com registros em termos de temperatura, seca e atividade de incêndio em muitas partes da Europa, afetando a sociedade e a natureza de várias maneiras”, assinalou Freja Vamborg, cientista sênior do serviço Copernicus. “Os dados mostram que não só tivemos temperaturas recordes em agosto para a Europa, mas também para o verão, com o recorde anterior do verão tendo apenas um ano”.
BBC, Bloomberg, Daily Mail, Deutsche Welle, Independent e POLITICO, entre outros, destacaram a notícia.
ClimaInfo, 9 de setembro de 2022.
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