Meteorologistas confirmam 3ª La Niña consecutiva na Austrália

La Niña 2022
ENSO Outlook/Austrália

O escritório de meteorologia da Austrália confirmou na 3ª feira (13/9) a ocorrência de mais um evento La Niña no Pacífico central, a 3ª consecutiva. 

De acordo com especialistas, o fenômeno está “estabelecido”, com a temperatura da superfície oceânica esfriando de forma constante desde junho e atingindo os limites do La Niña nas últimas semanas. “Os modelos indicam que este evento pode atingir o pico durante a primavera e retornar a condições neutras no início de 2023”, afirmaram.

Como destacou o Guardian, a ocorrência de mais um La Niña diminui a probabilidade de incêndios florestais na Austrália, o que tem sido um problema crônico na última década por conta dos fortes verões. Por outro lado, o risco de chuvas de grande porte e enchentes aumenta, o que pode causar impactos tão significativos quanto os do fogo.

No último verão, o governo australiano chegou a declarar emergência nacional por conta das chuvas na província de Nova Gales do Sul. O impacto negativo também pode atingir a agricultura, ameaçando as safras de verão. BBC e CNN também repercutiram a previsão.

Já o Paquistão segue tentando lidar com os efeitos das fortes chuvas de monção deste verão. O Guardian destacou a preocupação das autoridades do país com a situação do lago Manchar, que continua perto de seu limite. Além do risco de transbordamento, as pessoas que vivem nas proximidades do maior lago de água doce do país também temem o impacto de uma inundação à saúde pública: isso porque Manchar tem um problema crônico de poluição por resíduos industriais e agrícolas, o que o tornou inseguro para pesca e consumo hídrico humano.

A Associated Press, por sua vez, citou a promessa do primeiro-ministro paquistanês Shahbaz Sharif de compensar todas as vítimas das enchentes no país para reconstrução de suas casas e negócios. A despeito da promessa, a situação financeira do Paquistão está caótica, com a economia atravessando uma crise histórica e dependendo fundamentalmente de ajuda internacional para conseguir atender às famílias impactadas pelas enchentes.

Em tempo: A cidade chinesa de Xangai foi atingida ontem (14/9) pelo tufão Muifa. De acordo com o observatório meteorológico de Hong Kong, a tempestade tropical chegou à costa chinesa com ventos máximos sustentados de 155 km/h. A operação nos dois aeroportos de Xangai foi suspensa e as autoridades locais passaram o dia correndo para retirar pessoas de áreas de risco. A notícia é da Associated Press e da Reuters.

 

ClimaInfo, 15 de setembro de 2022.

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