Clima extremo: furacão Fiona deixa Porto Rico sem energia

Porto Rico furacão Fiona
Stephanie Rojas/AP

O ano de 2022 não está mesmo fácil para quem insiste em sustentar um discurso negacionista frente à emergência climática. Pior ainda para quem tem sentido na pele os efeitos do 1,1°C que já provocamos de aumento médio de temperatura global na comparação com o período pré-industrial. Desta vez, quem pagou o preço foram os habitantes do norte da ilha caribenha de Porto Rico, atingida pelo furacão Fiona, de categoria 2, na segunda (19/9) à noite. Mais de 700 mil pessoas ficaram sem energia elétrica, pelo menos três morreram e 12,5 mil ficaram desalojadas, segundo a Reuters. De acordo com a Bloomberg, centenas de pessoas foram resgatadas por tropas da Guarda Nacional, e a terça (20/9) foi marcada por mais chuvas e alagamentos na região. O Washington Post publicou fotos da destruição, que o The New York Times também noticiou. Até ontem (20/9), a previsão é de que o furacão, que já havia levado chuvas torrenciais e provocado estragos na República Dominicana, evolua para categoria 3 ao atravessar as águas quentes do Caribe ao se deslocar em direção ao arquipélago das ilhas Turcas e Caicos, a sudeste das Bahamas, um território transoceânico britânico.

Outra tempestade tropical atingiu em cheio o sudoeste do Japão, deixando pelo menos uma pessoa morta e outra desaparecida, além de lama, destruição e deslocamento de pessoas para ginásios de esportes, conforme a Associated Press. CNN, BBC e Washington Post também repercutiram.

De acordo com o Metsul, não sobrou nem para o Alasca, que, desde que se há registros, nunca tinha sofrido com um ciclone-bomba tão intenso nesta época do ano. O ciclone oceânico, considerado “incomum e atipicamente intenso”, atingiu a costa daquele estado norte-americano, provocando inundações, rajadas de vento de 150 km/h e uma elevação da maré considerada inédita em 50 anos. AP também noticiou o fato.

E na Europa, países localizados ao redor do Mar Adriático sofreram com inundações extremas, de até 400 milímetros de chuva, no final da semana passada. A região de Marche, na Itália, foi a mais afetada. Foram confirmadas pelo menos 10 mortes e outras três pessoas estão desaparecidas. O Guardian traz mais detalhes.

 

ClimaInfo, 21 de setembro de 2022.

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