Empresas se distanciam de toxicidade do governo para divulgar “Brasil Verde” em NY

20 de setembro de 2022
climate summit NY 2022
AP Photo/Mary Altaffer

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro aproveita os passeios por Londres e Nova York para gravar imagens para a reta final de sua campanha eleitoral, empresários e representantes da iniciativa privada do Brasil tentam driblar o mau humor externo com o governo federal e atrair atenções – e investimentos – para projetos de desenvolvimento sustentável no país. Para eles, o setor privado não pode ficar a reboque do que pode acontecer nas eleições e precisa assumir a liderança da agenda verde.

No Estadão, Aline Bronzati destacou alguns desses movimentos, que acontecem na véspera e/ou em paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas, programada para abrir nesta 3ª feira (20/9) em Nova York. Na semana passada, o Brazil Climate Summit, organizado por pesquisadores e alunos da Universidade de Columbia, serviu como um ambiente não apenas para apresentação de projetos e estudos sobre o potencial verde do Brasil, mas também para construir networking e identificar oportunidades de novos negócios e investimentos para o país.

“Há cinco anos, isso era impensável”, afirmou David Canassa, diretor da Reservas Votorantim, sobre a participação do público e o interesse das empresas brasileiras no tema. “À medida que você vê iniciativas adotadas por empresas de capital aberto, isso toma outra proporção porque os investidores começam a cobrar”.

A presença do setor privado brasileiro em NY deve se manter forte nesta semana, enquanto acontece a Climate Week, evento já tradicional que reúne lideranças empresariais, sociais e políticas para discutir a transição para o carbono zero.

Em tempo: A defesa da Amazônia não é uma pauta apenas ambiental. A proteção da floresta, maior ativo nativo do Brasil, passa também pela presença efetiva do poder público no território, combatendo a atuação de grupos criminosos que exploram ilegalmente seus recursos e ameaçam seus Povos Tradicionais. “Precisamos convergir fiscalização ambiental, segurança pública, justiça criminal e defesa em torno da floresta em pé e da proteção das pessoas”, escreveram Ilona Szabó (Instituto Igarapé), Raul Jungmann (Centro Soberania e Clima) e Renato Sérgio de Lima (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) na Folha. O texto sintetiza também as propostas apresentadas na publicação “Agenda Governar para não Entregar”, apresentada aos candidatos à Presidência da República nestas eleições.

 

ClimaInfo, 20 de setembro de 2022.

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