Aos poucos, o furacão Ian deixa a Flórida com um rastro de destruição poucas vezes visto até hoje. Depois de atingir a costa sudoeste do estado norte-americano na noite de 4a feira (28/9), a tempestade atravessou o estado e, nesta 5a feira (29/9), seguia para o norte, em direção à Georgia.
“Nunca vimos tempestades dessa magnitude”, disse o governador da Flórida, Ron DeSanctis, citado pela Associated Press. “A quantidade de água está aumentando, e provavelmente continuará aumentando hoje [ontem], mesmo com a passagem da tempestade. É basicamente um evento de inundação de 500 anos”.
Passado o furacão, a corrida agora é para resgatar as pessoas que seguem ilhadas e restabelecer os serviços básicos de energia e água. Até ontem, cerca de 2,6 milhões de pessoas estavam sem eletricidade em suas casas, quase 1/4 de todo o mercado da Flórida. Imagens aéreas de Fort Myers, alguns quilômetros a oeste de onde o Ian atingiu a terra, mostraram casas totalmente destelhadas, escombros nas praias, e diversos incêndios.
“Ian está provando ser um desastre [digno] dos livros de história”, destacou a Bloomberg. “Isso porque Ian é o tipo de tempestade que os especialistas em clima há muito alertam que poderia atingir a costa oeste da Flórida, onde a construção civil e a população aumentou nas últimas décadas, apesar do risco de furacões. É uma ameaça tripla, atingindo uma grande área com ventos catastróficos, chuvas fortes e tempestades”.
Já o NY Times abordou um outro lado do desastre causado por Ian: poucas propriedades na rota do furacão possuem seguros contra furacões e inundações. Nos condados cujos moradores foram instruídos a deixar suas casas, apenas 18,5% dos imóveis têm cobertura contra inundações. Isso porque essa região vinha escapando de grandes furacões, que se concentraram em outras áreas da Flórida nas últimas décadas.
BBC, Bloomberg, Financial Times, Reuters e Washington Post, entre outros, deram mais informações sobre o furacão Ian.
ClimaInfo, 30 de setembro de 2022.
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