Crise climática aumenta violência contra mulheres e meninas, alerta relatora da ONU

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As mulheres têm 14 vezes mais chances de morrer em catástrofes climáticas em comparação com os homens. Essa é a conclusão de uma análise apresentada na semana passada pela relatora da ONU para Mulheres e Meninas, Reem Alsalem. O documento detalha as vulnerabilidades enfrentadas por esse grupo e as medidas que devem ser implementadas para garantir a segurança delas em meio a desastres.

Como destacaram Marie Claire e Independent, entre os problemas mais graves estão a escassez de recursos, conflitos armados e necessidades de deslocamento e migração, além do aumento do tráfico de mulheres, da violência sexual e até de ameaças à independência financeira. Reem explicou que, se a resposta global à mudança climática e à degradação ambiental for projetada e implementada com uma lente de gênero robusta, as ações poderão ser transformadoras.

Ainda sobre justiça climática, a ativista Vanessa Nakate falou à Bloomberg sobre a necessidade de os negociadores internacionais darem mais espaço às vozes dos países africanos na próxima Conferência do Clima (COP27), programada para o mês que vem no Egito. Ela ressaltou que muitos ativistas climáticos do continente estão com dificuldades de credenciamento para participar da conferência. Mas o ponto principal é que os países mais ricos não estão cumprindo com o suficiente para as necessárias ações de adaptação e mitigação aos mais vulneráveis.

 

ClimaInfo, 10 de outubro de 2022.

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