Clima extremo: chuvas intensas causam enchentes e mortes na Venezuela

Clima extremo enchentes Venezuela
EFE

Ao menos 36 pessoas morreram e mais de 50 estão desaparecidas na Venezuela desde sábado (8/10), quando a tempestade Júlia atingiu a cidade de Las Tejerias, no estado de Aragua. Em 8 horas a região recebeu a precipitação prevista para todo o mês e a força das águas arrastou e danificou sistemas de bombeamento, deixando várias residências sem água potável desde então. Como em muitas tragédias climáticas brasileiras, a urbanização precária, com casas em terrenos instáveis, teve um papel importante no agravamento dos impactos das chuvas. O trabalho de busca por mortos e feridos ainda seguia nesta 4a feira (12/10).

O evento atingiu também o norte da Colômbia, desabrigando mais de 500 famílias. Ao sair da Venezuela, no domingo, Julia se tornou um furacão de categoria 1 – o quinto desta temporada no Atlântico – atravessando a Nicarágua para reemergir no Pacífico em direção a Honduras, El Salvador e Guatemala, onde também deixou vítimas e prejuízos na 2a feira.

O furacão Júlia se formou apenas 10 dias após a passagem de Ian por Cuba e pela Flórida, nos EUA. O local de sua formação – a costa venezuelana – é uma origem pouco usual, sendo o primeiro ciclone tropical a alcançar latitudes tão baixas em terras sul-americanas desde 1993, quando a tempestade Bret deixou mais de 200 mortos também na Venezuela. A imprensa internacional faz grande cobertura do desastre, incluindo Bloomberg, Reuters, The Guardian e WST, Fox News e NYT.

 

ClimaInfo, 13 de outubro de 2022.

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