Mais uma vez a Austrália foi atingida em cheio pela emergência decorrente das fortes chuvas da última 6a feira (14/10), intensificadas pelo fenômeno meteorológico La Niña. Milhares de moradores dos estados de Vitória, Nova Gales do Sul e Tasmânia foram orientados a deixar suas casas devido às inundações, e agricultores ficaram isolados e tiveram a produção prejudicada, segundo o The Guardian.
O rio Maribyrnong, que banha o noroeste de Melbourne, capital de Vitória, transbordou. Muitos tiveram de ser resgatados de suas casas em meio à inundação, e o final de semana foi de limpeza e contabilização dos prejuízos. O evento extremo foi considerado devastador pelas autoridades locais. Mais detalhes foram reportados pela Associated Press, Reuters e The Guardian.
Já na Nigéria, as chuvas “colossais” da última semana deixaram cerca de 500 mortos, com pelo menos 90 mil casas debaixo d’água e 1,4 milhão de pessoas afetadas em 27 dos 36 estados do país africano, como mostrou a Reuters. N’djamena, capital do Chade, na África Central, também ficou debaixo d’água, segundo a Reuters.
Aqui no Brasil, a vazão de água devido à chuvarada atingiu novo recorde na semana passada nas Cataratas do Iguaçu, no Paraná, chegando à marca de 13,7 milhões de litros por segundo. As passarelas tiveram de ser interditadas. A Folha traz os detalhes.
Chuvas intensas e inundações estão cada vez mais frequentes e intensas ao redor do mundo devido à crise climática. Pesquisadores da Northwestern University, de Illinois (EUA), mostraram o aumento da intensidade das chuvas nas últimas décadas, por meio da análise do comportamento das chuvas em 17 regiões norte-americanas em dois períodos distintos – de 1951 a 1980, e entre 1991 e 2020. “Quando chove, chove mais”, resumiu Daniel Horton, coautor do estudo publicado semana passada no Geophysical Research Letters, em entrevista ao The Independent.
ClimaInfo, 17 de outubro de 2022.
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