metanoEstimativas da Organização Meteorológica Mundial (WMO, sigla em inglês) indicam que os níveis atmosféricos dos três principais gases de efeito estufa (GEE) – dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) – atingiram novos recordes em 2021. Esses dados refletem a retomada da atividade econômica pós-pandemia no ano passado, mas também indicam o tamanho do desafio para os países conseguirem viabilizar os cortes de emissões prometidos sob o Acordo de Paris.
Em 2021, as concentrações de CO2 foram de 415,7 partes por milhão (ppm), o que representa um aumento de quase 150% em relação aos níveis pré-industriais. Os níveis de CO2 tiveram no ano passado um aumento maior do que a taxa média de crescimento anual da última década. Já o metano registrou concentração de 1.908 partes por bilhão (ppb), alta de 262%, com o maior salto desde o começo da série histórica, há quase quatro décadas.
Para o chefe da WMO, Petteri Tatalas, “o aumento contínuo nas concentrações dos principais gases que retêm o calor, incluindo a aceleração recorde nos níveis de metano, mostra que estamos na direção errada. Existem estratégias econômicas disponíveis para combater as emissões de metano, especialmente do setor de combustíveis fósseis, e devemos implementá-las sem demora”, afirmou.
Estadão, Folha, g1 e Washington Post deram essa notícia.
Em tempo: A agência espacial dos EUA (NASA) apresentou nesta semana uma nova ferramenta para identificação e análise de focos de emissão de metano. Os dados são obtidos por meio de um novo sistema instalado em julho passado na Estação Espacial Internacional. Desde então, ele identificou mais de 50 “superemissores” (instalações, equipamentos ou outras infraestruturas, normalmente nos setores de combustíveis fósseis, resíduos ou agricultura, que emitem metano em altas taxas) de metano na Ásia Central, Oriente Médio e sudoeste dos EUA. A AFP deu mais informações.
ClimaInfo, 28 de outubro de 2022.
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