Ministro não consegue fechar equipe e Minas e Energia sofre “apagão”

Alexandre Silveira
Divulgação

O novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está enfrentando dificuldades para conseguir fechar sua equipe neste começo de governo. A pasta foi uma das mais prejudicadas pela exoneração em massa de mais de 1,2 mil pessoas que ocupavam cargos de confiança na gestão do ex-presidente Bolsonaro. No entanto, indicações do próprio ministro também estão causando problemas dentro do governo.

Um dos nós cegos é a secretaria-executiva do MME. O nome preferido de Silveira para o posto é o de Bruno Eustáquio, que foi secretário-adjunto da pasta na gestão Temer e secretário-executivo do antigo Ministério da Infraestrutura no governo passado. Segundo a Folha, a indicação de Eustáquio foi barrada pela Casa Civil na última 5ª feira (12/1).

Uma das justificativas para a negativa do Palácio do Planalto está no próprio momento político: depois dos atentados terroristas cometidos por bolsonaristas no último dia 8, manter qualquer nome que tenha participado da gestão do ex-presidente no novo governo resultaria em preocupações adicionais desnecessárias.

Além de Eustáquio, outros nomes cotados para o cargo são o do ex-diretor-geral da ANEEL, André Pepitone; do presidente da ABRACE, Paulo Pedrosa, que foi secretário-executivo do MME no governo Temer; e o de Maurício Tolmasquim, que também desempenhou a mesma função no primeiro governo Lula.

Segundo o Valor, o “travamento” do MME está prejudicando a resposta do ministério aos atos de vandalismo contra torres de transmissão de energia elétrica em diversos estados do Brasil. Sem pessoal para lidar com a crise, a atribuição foi repassada à ANEEL.

A ANEEL confirmou uma nova ocorrência de vandalismo contra a rede elétrica nacional. O crime teria ocorrido na última 5ª feira em uma torre de transmissão em Rio das Pedras (SP), na linha de alta tensão que liga as cidades paulistas de Assis e Sumaré. Além desse episódio, ataques contra linhas e torres de transmissão também foram registrados na última semana nos estados do Paraná e Rondônia. CNN Brasil, Estadão, Metrópoles e O Globo deram mais informações.

 

ClimaInfo, 16 de janeiro de 2023.

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