Renováveis responderão por mais de 90% da demanda nova de eletricidade até 2025, segundo IEA 

fontes renováveis
iStock

As energias renováveis devem dominar o crescimento da oferta mundial de eletricidade nos próximos três anos, a ponto de, junto com a geração nuclear, atender a mais de 90% da demanda adicional de energia em meados desta década. A conclusão é da Agência Internacional de Energia (IEA), que divulgou nesta 4ª feira (8/2) seu relatório sobre as tendências do mercado de energia elétrica.

Segundo a IEA, o aumento da demanda mundial registrado em 2022 foi de apenas 2%, ainda sob efeito da pandemia e da instabilidade do mercado internacional. No entanto, a expectativa é de que o crescimento dessa demanda anual de eletricidade aumente para uma média de 3% nos próximos três anos. A maior parte desse aumento de demanda (cerca de 70%) deverá ser puxada por China, Índia e Sudeste Asiático.

Já na Europa, a geração de eletricidade a gás natural deve cair nos próximos anos, mas essa fonte deve ganhar espaço no mercado do Oriente Médio, compensando parcialmente essa queda. Da mesma forma, o declínio no uso de carvão na Europa e nos EUA também deve ser compensado por um aumento na região da Ásia-Pacífico. Assim, a expectativa é de que, depois de um recorde histórico em 2022, as emissões de dióxido de carbono da geração global de energia devem permanecer no mesmo nível até 2025.

“A boa notícia é que as energias renováveis e nuclear estão crescendo rápido o suficiente para atender a quase todo esse apetite adicional, sugerindo que estamos perto de um ponto de inflexão para as emissões do setor de energia”, destacou Fatih Birol, diretor-executivo da IEA. “Os governos agora precisam permitir que as fontes de baixas emissões cresçam ainda mais rapidamente e reduzam as emissões para que o mundo possa garantir o fornecimento seguro de eletricidade enquanto atinge suas metas climáticas”.

Associated Press, Business Green, Carbon Brief, Financial Times, Fortune e Washington Post repercutiram a análise da IEA.

ClimaInfo, 9 de fevereiro de 2023.

Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.