Há cinco anos, a então adolescente sueca Greta Thunberg iniciou um movimento cuja importância ela jamais poderia ter imaginado. O simples ato de se manifestar em frente ao parlamento do país, com um placa defendendo “greve escolar pelo clima”, foi o ponto de partida para a revitalização do ativismo climático global, agora capitaneado pela juventude.
Hoje, Greta não é mais adolescente, muito menos desconhecida. O tempo trouxe reconhecimento público, fama, mas também muita frustração – com a inação dos governos, a hipocrisia das empresas, o ódio dos negacionistas, a apatia das gerações mais velhas. Tudo isso poderia ter resultado em uma Greta mais cética com o futuro. No entanto, o que se vê é o contrário: uma jovem cada vez mais engajada na luta pelo seu futuro, sem medo de falar ou apontar o dedo quando necessário.
Em seu livro The Climate Book, Greta não vende um futuro, mas sim aponta os diferentes caminhos para que as pessoas tomem essa decisão por conta própria. O que ela deixa claro é que, da forma como está, não dá mais para permanecer. Para tanto, ela escalou um time graúdo de cientistas, escritores e ativistas climáticos – que inclui nomes como Margaret Atwood, George Monbiot, Bill McKibben e Robin Wall Kimmerer – para mostrar como essa mudança é possível, desde o nível macro, das grandes decisões governamentais e corporativas, até o micro, das decisões individuais de consumo de cada pessoa.
“Não há, na realidade, absolutamente nenhuma razão para acreditar que as mudanças necessárias nos farão menos felizes ou menos satisfeitos. Se conseguirmos fazer isso direito, nossas vidas terão mais significado do que o consumo egoísta e superficial jamais pode nos dar. Em vez disso, podemos criar tempo e espaço para comunidade, solidariedade e amor – os verdadeiros princípios de uma boa vida”, escreveu Greta.Vale a pena ler as críticas da Associated Press e da NPR ao livro.
ClimaInfo, 14 de fevereiro de 2023.
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