Guerra na Ucrânia, ano um: os impactos ambientais de um conflito sem fim à vista

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ALEXANDER ERMOCHENKO/X03560/REUTERS

A invasão da Ucrânia pela Rússia completou um ano na última 6ª feira (24/2) em meio a um impasse militar e diplomático. Enquanto o conflito segue violento e sem previsão para acabar, as tensões geopolíticas dificultam as conversações de paz entre Moscou e Kiev.

Em meio aos milhões de refugiados e às milhares de mortes registradas até o momento, o impacto ambiental do conflito no leste europeu também chama a atenção. A guerra resultou na contaminação de rios e solo, destruição de florestas e lavouras e liberação de substâncias tóxicas na atmosfera, com efeitos ainda incertos sobre o meio ambiente e a população ucraniana.

“O mapeamento e a triagem inicial dos riscos ambientais servem apenas para confirmar que a guerra é literalmente tóxica”, afirmou a diretora-executiva do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), Inger Andersen. “A Ucrânia precisará de um grande apoio internacional para avaliar, mitigar e remediar os danos em todo o país e aliviar os riscos para a região como um todo”.

Segundo cálculos do governo ucraniano, os impactos ambientais da invasão russa estão estimados em mais de US$ 51 bilhões. O Guardian informou que o ministério do meio ambiente do país criou uma “linha direta” para que os cidadãos denunciem casos de “ecocídio” cometidos pelas forças russas. Até o último dia 20 de fevereiro, 2.303 casos tinham sido reportados.

A pretensão das autoridades ucranianas, que conta com o apoio de países aliados, é cobrar esse valor da Rússia ao final da guerra, seja por meio de indenizações ou pelo sequestro de bens e valores do regime de Vladimir Putin congelados no exterior.Os impactos ambientais da guerra na Ucrânia também foram abordados por diversos veículos, com reportagens nas BBC, Economist, Euronews, POLITICO e Yale Environment 360.

ClimaInfo, 27 de fevereiro de 2023.

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