Na semana passada, o ex-deputado federal Rodrigo Agostinho assumiu a presidência do IBAMA e prometeu empenho na reconstrução do órgão e na retomada da fiscalização ambiental no Brasil. “O IBAMA voltou a trabalhar e cuidar do meio ambiente”, disse.
O IBAMA chefiado por Agostinho ainda carrega as marcas do desmonte promovido pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Hoje, seu quadro de fiscais é de apenas 350 servidores, uma fração dos mais de 2 mil que trabalhavam no órgão há 15 anos.
Em entrevista à jornalista Giovana Girardi na Agência Pública, Agostinho ressaltou a disposição de todo o governo federal para a retomada do IBAMA e do combate às ilegalidades ambientais. Além da fiscalização, outro objetivo do IBAMA para os próximos meses é reestruturar o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), interrompido na gestão anterior.
“O comando e controle voltou a se organizar. O discurso presidencial mudou. Se as pessoas estavam esperando continuar investindo em exploração ilegal de madeira, porque não tinha mais controle, em garimpo em Terra Indígena, porque não tinha mais fiscalização, agoram começam a repensar isso”, disse Agostinho.
CNN Brasil, g1, Metrópoles e Valor, entre outros, repercutiram a posse de Agostinho como presidente do IBAMA.
Em tempo: O quadro de desmonte também é parecido no ICMBio, responsável pela gestão das Unidades de Conservação no Brasil. Da mesma forma que o IBAMA, ele também foi aparelhado com militares no governo Bolsonaro e sofreu com cortes orçamentários radicais, além de perseguição política de servidores. Um exemplo é o do analista ambiental Flúvio Mascarenhas, demitido duas vezes da chefia da Reserva Extrativista (RESEX) Chico Mendes e ameaçado de morte por infratores ambientais. Em conversa com ((o)) eco, Mascarenhas ressaltou a coragem dos servidores do ICMBio e disse que, sem eles, a situação poderia estar ainda pior. “A gente trabalhou com recursos totalmente escassos, e mesmo assim nós conseguimos segurar”, afirmou.
ClimaInfo, 1º de março de 2023.
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