Pesquisa identifica responsáveis pela desinformação bolsonarista contra meio ambiente

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Um estudo inédito de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou como o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados políticos se tornaram a força motriz por trás da desinformação ambiental nas redes sociais. 

A proliferação de mentiras teve como propósito mascarar a situação dramática do meio ambiente no Brasil sob o governo anterior. Para tanto, Bolsonaro e parlamentares que o apoiavam recorreram a qualquer argumento, especialmente aqueles fantasiosos, para negar a explosão do desmatamento na Amazônia ou o impacto da “boiada” antiambiental.

Entre os principais disseminadores de mentiras, estão o próprio ex-presidente (aliás, o principal propagador da desinformação ambiental), um ex-ministro do meio ambiente da gestão anterior, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e a atual senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina.

Conduzida pelo NetLab, vinculado à Escola de Comunicação da UFRJ, a pesquisa analisou postagens de Bolsonaro & Cia. em sete plataformas virtuais populares no Brasil – Facebook, Instagram, WhatsApp, Telegram, YouTube, TikTok e Twitter.

“A desinformação seguirá como tendência. O relativismo e o negacionismo científico servem para levantar controvérsias e dúvidas numa parcela da população e isso é fundamental para esses políticos avançarem com [suas] pautas”, disse a pesquisadora Rose Marie Santini, coordenadora do NetLab, ao jornal O Globo.

Em tempo: A desinformação também foi utilizada pelo governo Bolsonaro para amenizar o prejuízo internacional à imagem do Brasil causado pelos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips no Vale do Javari, na Amazônia. Documentos obtidos pela CNN Brasil revelam o esforço do Ministério das Relações Exteriores para contornar as cobranças na imprensa internacional e aliviar a barra da antiga gestão.

ClimaInfo, 13 de março de 2023.

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