Nos dois primeiros meses de 2023, o Brasil registrou queimadas em uma área de 536 mil hectares, de acordo com o Monitor do Fogo do MapBiomas. Em relação ao mesmo período no ano passado, houve uma queda de 28% na área queimada, com redução de 213 mil ha.
A Amazônia concentrou a esmagadora maioria desse total: 487 mil ha (90%). Roraima sozinha respondeu por quase a metade (48%, cerca de 259 mil ha) dos incêndios florestais no país no 1º bimestre deste ano. Os três municípios (Pacaraima, Normandia e Amajari) e os três territórios indígenas (TIs São Marcos, Raposa Serra do Sol e Araçá) que mais queimaram neste começo do ano também ficam naquele estado.
Já no Cerrado, o 2º bioma em área queimada no período, os incêndios consumiram 24 mil hectares, um aumento de 64% em relação aos dois primeiros meses de 2022. Os estados que mais queimaram no Cerrado foram Mato Grosso e Maranhão. Em compensação, no Pantanal (8,8 mil), Caatinga (6,7 mil ha) e Mata Atlântica (4 mil ha), a área queimada em janeiro e fevereiro foi a maior dos últimos cinco anos.
A maior parte dos incêndios florestais registrados no Brasil nesse período aconteceu sobre vegetação nativa, a maioria em formações campestres. Dentre os tipos de uso agropecuário, as pastagens representaram 12% da área queimada.
Sobre as queimadas em Roraima, a principal indicação é de que elas podem estar relacionadas a características climáticas e ambientais do estado. “Roraima está localizado no Hemisfério Norte, enquanto a maior parte dos demais estados se localiza no Hemisfério Sul. Desta forma, enquanto o período de seca em boa parte do país ocorre entre os meses de maio a setembro, em Roraima os meses de seca ocorrem entre dezembro e abril”, explicou Felipe Martenexenn, pesquisador do IPAM.
A Agência Brasil destacou os principais pontos do levantamento do Monitor do Fogo sobre as queimadas nos primeiros meses de 2023. O assunto também foi notícia em veículos como Correio Braziliense, Metrópoles, O Liberal, O Pantaneiro, Pará Terra Boa, Poder360, além do Jornal Nacional (TV Globo).
ClimaInfo, 15 de março de 2023.
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