A geração de energia elétrica a biomassa superou a eletricidade gerada por gás natural no Brasil em 2022. A bioeletricidade forneceu 25,5 mil gigawatts-hora (GWh) à rede elétrica básica no ano passado, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA). Já as usinas movidas pelo combustível fóssil injetaram na rede 22,8 mil GWh no mesmo período, informa o Perfil Brasil.
Do total de oferta de bioenergia à rede, 72% foram oriundos do setor sucroenergético. A eletricidade gerada por licor negro ficou em segundo lugar, com 20% do total, seguida da energia elétrica a biogás, com 4%.
A energia elétrica a biomassa representou 4,3% de toda a eletricidade fornecida via Sistema Interligado Nacional (SIN) no ano passado. Ficou atrás apenas da hidreletricidade (399,4 GWh) e da produção eólica (78,1 GWh). Segundo o gerente em bioeletricidade da UNICA, Zilmar Souza, a geração foi equivalente a 26% da produção de energia elétrica da hidrelétrica binacional de Itaipu, ou a 48% da geração da usina de Belo Monte, relata o Nova Cana.
Considerando também o autoconsumo e o abastecimento de sistemas isolados, a bioeletricidade respondeu por 7,4% da oferta interna de energia elétrica no ano passado, informa a UNICA. A maior parcela da geração bioelétrica, aliás, veio do autoconsumo industrial, com 26,6 mil GWh consumidos.O fornecimento de bioeletricidade à rede de forma não intermitente acompanha o período de colheita da cana-de-açúcar na região Centro-Sul do país. Coincide com o período seco no país, de maio a novembro, o mais crítico no setor elétrico brasileiro, de acordo com o Click Petróleo e Gás.
ClimaInfo, 17 de março de 2023.
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