É necessária uma mudança urgente e transformadora para limitar o aquecimento global, afirma Relatório Síntese do IPCC (AR6)

Crédito: Ralf Vetterle/Pixabay

ONU divulga, nesta segunda (20/3), o relatório Síntese do 6º Ciclo de Avaliação (AR6), considerado o estado da arte da ciência climática nesta década decisiva.

Após sessão plenária para a aprovação do texto do relatório Síntese, realizada entre os dias 13 e 19 de março, representantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) – o órgão da ONU responsável pela ciência climática – divulgaram, na manhã desta segunda-feira (20), a última parte de seu 6º Relatório de Avaliação (AR6).

O Relatório foi tema da conferência “Relatório Síntese do IPCC e os desafios para o Brasil”, transmitido ao vivo no canal do ClimaInfo no YouTube às 12h desta segunda-feira, com a participação de Mercedes Bustamante, presidente da CAPES e uma das autoras do Relatório, do professor Moacyr Araújo, vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador da Rede Clima, e de Paulo Artaxo, professor da USP e coordenador do Programa Fapesp sobre Mudanças Climáticas Globais. Os três são membros do IPCC. A Secretária Nacional de Mudança Climática, Ana Toni, também teve participação na transmissão.

O relatório Síntese abrange o estado atual e as tendências das mudanças climáticas, bem como traz as respostas a curto prazo, entre 2030-2040, e os impactos a longo prazo no clima e no desenvolvimento. Este é o último ciclo de avaliações realizados pelos cientistas climáticos nesta década, considerada decisiva para a transição para uma sociedade de baixo carbono, visando à estabilização do aumento da temperatura média global.

A Síntese captura as últimas descobertas dos três Relatórios de Avaliação divulgados separadamente ao longo de 2022. São eles o Physical Science Basis, o Impacts, Adaptation and Vulnerability, e o Mitigation of Climate Change. Trará, ainda, as principais considerações reunidas nos três Relatórios Especiais anteriores: o Global Warming of 1.5C, o Climate Change and Land, e o The Ocean and Cryosphere in a Change Climate (todos os links para versões dos relatórios em inglês).

Confira abaixo cinco verdades sobre a crise climática elaboradas a partir de conclusões já apontadas pelos cientistas climáticos nos três relatórios anteriores desse 6º Ciclo de Avaliação (AR6), bem como nos Relatórios Especiais[1].

1. A mudança climática está acontecendo ao nosso redor

O termo “inequívoco” foi usado tanto no relatório do Grupo de Trabalho 1 (WG1, na sigla em inglês) quanto no do Grupo de Trabalho 2 (WG2) para descrever o consenso científico quanto ao clima estar mudando como resultado da atividade humana, representando uma ameaça ao bem-estar humano, às sociedades e ao mundo natural.[2] As ações humanas aqueceram o clima a uma taxa sem precedentes nos últimos 2.000 anos, e a última década foi a mais quente em 125.000 anos.[3] Há evidências em todo o mundo de que a frequência e a intensidade de eventos climáticos extremos aumentaram.[4] Os impactos físicos das mudanças climáticas estão causando danos substanciais e, em alguns casos, perdas irreversíveis.[5] Avanços no conhecimento científico significam que esses danos agora são atribuídos às mudanças climáticas causadas pelo homem.[6]

As mudanças climáticas estão tornando o calor extremo, as chuvas fortes, a seca e os incêndios mais intensos e frequentes. O aumento das temperaturas está causando perda da massa das placas de gelo, geleiras e camadas de neve, impulsionando o aumento do nível do mar, a acidificação dos oceanos e ciclones tropicais intensos.[7],[8] Algumas sociedades humanas e partes do mundo natural já estão enfrentando riscos irreversíveis, além dos limites aos quais podem se adaptar.[9] Pessoas em todas as partes do mundo estão sofrendo os impactos físicos e mentais das mudanças climáticas, embora uma tempestade, seca ou inundação tem 15 vezes mais chances de matar pessoas nas regiões mais vulneráveis.[10],[11]

A mudança climática afetou a produção e a disponibilidade de alimentos, particularmente para os mais pobres do mundo, expondo milhões à insegurança alimentar aguda.[12] As secas e inundações agravam as crises humanitárias, expulsando as pessoas de suas casas e até agravando os conflitos violentos.[13]

Os Relatórios Especiais sobre a Terra, o Oceano e a Criosfera e o relatório do WG2 deixam claro que as mudanças climáticas estão causando danos econômicos, afetando especialmente a agricultura, a pesca, a silvicultura, o turismo e a produtividade dos que trabalham ao ar livre. Eventos extremos como ciclones tropicais estão reduzindo o crescimento econômico de curto prazo.

Esses impactos estão se tornando cada vez mais complexos e difíceis de administrar.[14] Eventos extremos tiveram impactos em cascata: incêndios florestais prejudicaram a natureza, as pessoas, a infraestrutura e a economia.[15] Economias e sociedades não são protegidas por fronteiras, enquanto as cadeias de suprimentos e os fluxos de recursos naturais são interrompidos por eventos extremos impulsionados pelas mudanças climáticas.[16]

Os danos causados pela mudança climática ao mundo natural são maiores do que se imaginava anteriormente. A distribuição geográfica de metade de todas as espécies estudadas mudou e muitas delas agora estão extintas localmente. Algumas espécies foram completamente extintas por causa das mudanças climáticas. Os extremos de calor estão causando mortes em massa de animais e plantas e deterioração generalizada dos ecossistemas.[17]

2. A dependência de combustíveis fósseis é a principal causa das mudanças climáticas

As atividades humanas em torno da combustão de combustíveis fósseis, processos industriais, mudanças no uso da terra e silvicultura fizeram com que as emissões de gases de efeito estufa (GEE), a causa das mudanças climáticas, aumentassem drasticamente desde os tempos pré-industriais, e as emissões entre 2010-2019 foram maiores do que em qualquer década anterior.[18],[19] Dos GEE, o CO2 contribuiu mais para o aquecimento registrado até o momento, seguido pelo metano.[20],[21]

Em 2019, o carvão contribuiu com 33% de todas as emissões de CO2 relacionadas à economia, seguido por petróleo (29%) e gás (18%).[22] As finanças públicas e privadas continuam a fluir para os combustíveis fósseis e, como resultado, as emissões de GEE continuam a aumentar em todos os setores e subsetores, mais rapidamente nos transportes e na indústria.[23],[24] Entre 2019 e 2020, o investimento em combustíveis fósseis foi maior do que o da adaptação e mitigação do clima.[25] No setor de energia, o investimento relacionado aos combustíveis fósseis foi, em média, de US$ 120 bilhões por ano. Investiu-se em média US$ 650 bilhões no fornecimento de petróleo e US$ 100 bilhões no fornecimento de carvão.[26] Em comparação, o financiamento público global real para adaptação foi de US$ 46 bilhões.[27]

A ação climática defasada na redução de nossa dependência de combustíveis fósseis é, em parte, o resultado de esforços conjuntos para gerar retórica e desinformação que prejudicam a ciência climática e desconsideram o risco e a urgência.[28] Isso é verdadeiro especialmente nos EUA, onde, apesar da certeza científica da influência antropogênica nas mudanças climáticas, a desinformação e a politização da ciência das mudanças climáticas criaram polarização nas esferas pública e política.[29]

As pessoas que menos contribuíram para a crise climática existente são as mais vulneráveis e, provavelmente, as menos capazes de se adaptar. Os 10% mais ricos contribuem com cerca de 36%-45% das emissões globais de GEE. Cerca de dois terços desses 10% mais ricos vivem em países desenvolvidos.[30] Mas o aumento das chuvas fortes, ciclones tropicais e secas forçará mais pessoas a deixarem suas casas, particularmente em lugares mais vulneráveis e com menor capacidade de adaptação.[31]

3. Políticas atuais estão perdendo a “janela de oportunidade para garantir um futuro habitável”

O relatório do WG2 enfatizou que temos uma breve e rápida janela de oportunidade para garantir um futuro habitável. Sem uma mitigação urgente, eficaz e equitativa, as mudanças climáticas ameaçam cada vez mais a saúde e os meios de subsistência das pessoas em todo o mundo, a saúde dos ecossistemas e a biodiversidade.[32]

Entretanto, o relatório do WG3 diz que os compromissos nacionais assumidos pelos governos antes da COP26 são inconsistentes com a limitação do aquecimento a 1,5°C e, provavelmente, levarão ao aquecimento global de 2,8°C até 2100.[33],[34],[35] Os relatórios dos WG1 e WG3 concordam que, mesmo no cenário mais ambicioso de redução de emissões, é mais provável que o aquecimento global atinja 1,5°C até 2030 e ultrapasse 1,6°C, antes de começar a cair.[36]

Se as emissões não forem reduzidas mais rapidamente do que as políticas atuais indicam, o aquecimento resultante gerará uma vasta gama de riscos para os sistemas humanos e naturais.

A produção de alimentos e a segurança alimentar estarão ameaçadas mesmo por uma aquecimento adicional pequeno, com ondas de calor, secas e inundações cada vez mais severas e frequentes, aliadas ao aumento do nível do mar.[37] À medida que a temperatura sobe acima de 1,5°C, o risco de perdas simultâneas das culturas de milho em diferentes grandes regiões produtoras de alimentos aumentará, ameaçando as cadeias globais de fornecimento do grão, com riscos sendo aumentados com mais aquecimento.[38] Se o aquecimento atingir 2°C, o cultivo de culturas básicas em muitas áreas, especialmente nos trópicos, não será mais possível.[39]

Haverá aumentos significativos de problemas de saúde, morte prematura e disseminação de doenças como resultado de condições climáticas e ondas de calor mais extremas.[40]

À medida que o mundo se aquece, a disponibilidade de água ficará sob crescente pressão.[41] Com o aquecimento acima de 1,5°C, as pessoas que vivem em pequenos estados insulares e regiões dependentes de geleiras e derretimento da neve para seu abastecimento podem sofrer de insuficiência de água doce. Isso mostra que, com o aumento contínuo da temperatura, pode-se atingir limites para a adaptação tão rígidos que não haverá adaptação capaz prevenir riscos intoleráveis.[42]

Os impactos das mudanças climáticas interagirão cada vez mais entre si e com outros riscos, com consequências progressivamente perigosas.[43] Por exemplo, o aumento do calor e da seca se combinarão afetando a produção de alimentos e reduzindo a produtividade do trabalho agrícola, aumentando os preços dos alimentos e reduzindo a renda dos agricultores, provocando mais desnutrição e morte, particularmente em regiões tropicais.[44]

O aumento do nível do mar levará à perda de ecossistemas costeiros, salinização das águas subterrâneas, inundações e danos nas infraestruturas costeiras, com riscos para os meios de subsistência, saúde, bem-estar, disponibilidade de alimentos, abastecimento de água e cultura das pessoas.[45] Os danos compostos ocorrem quando a elevação dos mares se combina com o aumento das tempestades e chuvas fortes, piorando as inundações.[46]

Se o aumento da temperatura passar de 1,5°C, ecossistemas inteiros serão irreversivelmente perdidos, mesmo que as temperaturas sejam posteriormente reduzidas com medidas para remover o dióxido de carbono da atmosfera. Os ecossistemas polares, montanhosos e costeiros são especialmente vulneráveis.[47] Alguns ecossistemas já estão nos limites da adaptação, incluindo alguns dos recifes de coral de águas quentes, zonas úmidas costeiras, florestas tropicais e ecossistemas polares e montanhosos.[48]

O risco de extinção para espécies únicas e ameaçadas será pelo menos 10 vezes maior se o aumento da temperatura continuar em 3°C, em comparação com 1,5°C, mas mesmo neste nível mais baixo de aquecimento, 3% a 14% das espécies terrestres estarão em risco muito alto de extinção.[49] A Amazônia e algumas regiões montanhosas enfrentarão uma perda severa e irreversível de biodiversidade se o aquecimento continuar a 2°C ou mais.[50]

Os danos econômicos globais das mudanças climáticas aumentarão com o aumento da temperatura, com os países mais pobres sendo os mais atingidos, e os custos podem ser maiores do que os estimados anteriormente.[51] Os impactos climáticos podem reduzir os crescimentos econômicos nacionais e afetar as finanças de governos.[52]

4. É necessária uma mudança urgente e transformadora para limitar o aquecimento global

Para limitar o aquecimento a 1,5°C, precisamos de ações coordenadas e equitativas que integrem adaptação e mitigação em decisões políticas e financeiras para reduzir drasticamente nossa dependência de combustíveis fósseis na produção de energia e mudar para uma eletrificação generalizada usando geração de energia renovável.[53],[54],[55] Mudar a forma como a eletricidade é gerada é particularmente importante na transição do nosso sistema energético e, em cenários que limitam o aquecimento a 1,5°C (sem ultrapassar este limite ou ultrapassando-o de forma limitada), o setor elétrico atingirá zero emissões líquidas de CO2 globalmente entre 2045 e 2055.[56] Nesses cenários, o fornecimento de eletricidade aumentará para 48%-58% do uso final de energia até 2050 (em comparação com 20% em 2019).[57] Uma combinação de eletrificação generalizada de toda a demanda de energia e uma mudança para sistemas de eletricidade renováveis que não emitem CO2 criará benefícios associados, como melhor saúde e ar mais limpo.[58]

O uso global de carvão, petróleo e gás (sem captura e sequestro de carbono, CCS) é reduzido em 100%, 60% e 70%, respectivamente, até 2050, em caminhos que limitam com sucesso o aquecimento a 1,5°C, sem ultrapassar este limite ou ultrapassando-o de forma limitada.[59] Se não for eliminada, a infraestrutura de combustíveis fósseis existente e planejada (sem captura e sequestro de carbono, CCS) tornará impossível limitar o aquecimento a 1,5°C.[60] Também precisamos realizar reduções fortes, rápidas e sustentadas nas emissões de metano.Os modelos mostram que é necessário fazer a redução das emissões de metano em um terço até 2030 para criar um efeito líquido de resfriamento.[61],[62]

Uma redução rápida e mais profunda das emissões de GEE a curto prazo até 2030 levará a uma menor dependência da remoção de dióxido de carbono (CDR) a longo prazo, mas é provável que precisemos de alguma CDR para contrabalançar as emissões residuais de GEE de setores difíceis de reduzir.[63]

O CDR não é um “passe livre”, especialmente em níveis de aquecimento mais altos, porque a capacidade dos sumidouros terrestres e oceânicos de sequestrar carbono será muito reduzida em temperaturas mais altas.[64] O CDR também tem capacidade limitada de preservar os ecossistemas existentes. Se o aumento da temperatura passar de 1,5°C, ecossistemas inteiros serão irreversivelmente perdidos (incluindo ecossistemas polares, montanhosos e costeiros, e regiões que seriam afetadas pelo derretimento do manto de gelo e das geleiras), mesmo que as temperaturas sejam reduzidas posteriormente por medidas para remover CO2 da atmosfera.[65]

A adaptação às mudanças climáticas está aumentando e pode trazer muitos benefícios além da redução de riscos.[66] Mas quanto mais lentamente as emissões forem reduzidas, mais as perdas e danos aumentarão, e as pessoas, as sociedades e a natureza atingirão cada vez mais seus limites da adaptação. A adaptação não pode evitar todas as perdas e danos resultantes das mudanças climáticas.[67]

A adaptação é atualmente insuficiente para reduzir os riscos das mudanças climáticas. A maior parte da adaptação até agora tem sido fragmentada, em pequena escala, incremental e responsiva aos impactos atuais e aos riscos de curto prazo.[68] Embora tenha melhorado recentemente, a escassez de financiamento internacional para adaptação está impedindo que países em todo o mundo se adaptem às mudanças climáticas.[69]

Mas, como explica o WG2, a adaptação mal executada pode causar sérios problemas e perpetuar as desigualdades existentes, principalmente quando é concentrada em setores únicos, riscos únicos ou prioriza ganhos de curto prazo. Isso é conhecido como má adaptação.

5. Algum progresso está sendo feito

O relatório do WG3 deixou claro que existem opções de mitigação disponíveis em todos os setores que poderiam, juntas, reduzir pela metade as emissões globais de GEE até 2030.[70] Um número crescente de países se beneficiou com o aumento das energias renováveis baratas que impulsionaram a adoção de veículos elétricos, bombas de calor e outras aplicações inteligentes e sem emissões.

De 2010 a 2019 aconteceram reduções sustentadas nos custos unitários de energia solar (85%), energia eólica (55%) e baterias de íons de lítio (85%), além de grandes aumentos em sua implantação. Por exemplo, mais de dez vezes no caso da energia solar e mais de 100 vezes para veículos elétricos.[71] A energia fotovoltaica, e a eólica em terra e em alto mar agora podem competir com os combustíveis fósseis em relação ao custo nivelado da energia em muitos lugares, e os sistemas de eletricidade em alguns países e regiões já são predominantemente alimentados por energias renováveis.[72] O armazenamento de baterias em larga escala nas redes elétricas é cada vez mais viável.[73]

Os veículos elétricos estão cada vez mais competitivos em relação aos movidos por motores de combustão interna e são o segmento que mais cresce na indústria automobilística, atingindo uma parcela do mercado de dois dígitos até 2020 em vários países.[74] Têm-se demonstrado que a eletrificação do transporte público é uma opção viável, escalável e acessível para descarbonizar o transporte coletivo.

Há também evidências de que a política climática começa a ter um impacto positivo no mundo real em relação às reduções de emissões, por exemplo:

  • Pelo menos 18 países já sustentaram reduções de emissões de GEE e CO2 baseadas em consumo por mais de 10 anos.[75]
  • Até 2020, mais de 20% das emissões globais de GEE foram cobertas por impostos sobre o carbono ou sistemas de negociação de emissões, apesar da cobertura e dos preços terem sido insuficientes para gerar reduções profundas.[76]
  • Surgiram leis climáticas diretas focadas na redução de GEE em 56 países cobrindo 53% das emissões globais em 2020, e os litígios climáticos estão em ascensão.[77]

[1] Note que as notas de rodapé usam os termos a seguir ao fazer referência aos vários relatórios AR6. São eles: SPM: Summary for Policymakers (Resumo para Formuladores de Políticas) | WG: Working Group (Grupo de Trabalho) | SRCCL: Special Report on Climate Change and Land (Relatório Especial sobre Mudanças Climáticas e Terra) | SROCC: Special Report on the Ocean and Cryosphere in a Changing Climate (Relatório Especial sobre o Oceano e a Criosfera em um Clima em Mudança) | Cartas A-D: Títulos das seções nos relatórios de grupo de trabalho

[2] WG1, SPM A.1, WG2, SPM D.5.3.

[3] WG1, SPM A.1, A2.2.

[4] WG2, SPM B.1.1.

[5] WG2, SPM B.1.1.

[6] WG2, SPM B.1.1

[7] SRCCL, SPM A.2.

[8] SROCC, SPM A.1.

[9] WG2, SPM.B, B.1

[10] WG2, SPM B.1.4

[11] WG2, SPM B.2.3

[12] WG2, SPM B.1.3; B.5.1

[13] WG2, SPM B.1.7

[14] WG2, SPM B5

[15] WG2, SPM B.5.2

[16] WG2, SPM B.5.3

[17] WG2, SPM B.1.2

[18] WG3, SPM B.1, Nota de rodapé 6

[19] WG3, SPM B.1.

[20] WG1, Figura SPM2.

[21] WG1 D.1.7, Figura SPM2

[22] WG3, Resumo Técnico, Figura TS.3.

[23] WG3, Resumo Técnico, página 23.

[24] WG3, SPM B.5.4.

[25] WG3, SPM B.5.4.

[26] WG3, Capítulo 15, 15.3.3.

[27] WG3, Capítulo 15, 15.1.1.

[28] WG2, Capítulo 14, 14.3.1.

[29] WG2, Capítulo 14, 14.3.1.

[30] WG3, Resumo Técnico, página 21.

[31] WG2 SPM B.4.7.

[32] WG2, SPM D.5.3 e WG3, SPM D.1.1.

[33] WG3, B.6.

[34] WG3, SPM B.6.

[35] WG3, SPM C.1.1.

[36] Tabela WG1 SPM1,  WG3, Tabela SPM SPM 2

[37] WG2, SPM B.4.3

[38] WG2, SPM B.5.1

[39] WG2, SPM C.3.4

[40] WG2, SPM B.4.4

[41] WG2, SPM B.4.2

[42] WG2, SPM C.3.4

[43] WG2, SPM B.5

[44] WG2, SPM B.5.1

[45] WG2, SPM B.5.2

[46] WG2, SPM B.5.1

[47] WG2, SPM B.6.1

[48] WG2, SPM C3.3

[49] WG2, SPM B.4.1

[50] WG2, SPM B.5.2

[51] WG2, SPM B.4.6

[52] WG2, SPM C.3.2

[53] WG3, SPM D.2.5.

[54] WG3, SPM C.3.2.

[55] WG3, SPM C.3.2.

[56] WG3, Capítulo 6, Sumário Executivo.

[57]  WG3, Capítulo 6, Sumário Executivo.

[58] WG3, SPM C.4.1, SPM E.2.2.

[59] WG3, SPM C.3.2.

[60] WG3, SPM B.7.

[61] WG3, SPM C.1.2.

[62] WG2, SPM D.1.7.

[63] WG3, SPM C.2.2, SPM C.3.

[64] WG1, Figura 7.

[65] WG2, SPM B.6.1.

[66] WG2, SPM C.1.1

[67] WG2, SPM C.3.5

[68] WG2, SPM C.1.2

[69] WG2, SPM C.3.2

[70] WG3, SPM C.12.1.

[71] WG3, SPM Figura SPM 3.

[72] WG3, Figura SPM 3, C.4.3.

[73] WG3, Capítulo 6, Sumário Executivo.

[74] WG3, SPM Tabela TS.1.

[75] WG3, SPM B.3.5.

[76] WG3, SPM B.5.2.

[77] WG3, SPM B.5.2, E3.3.

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