A apatia dos governos na luta contra a mudança do clima continua irritando a juventude ativista na Europa. Grupos na Alemanha e no Reino Unido prometeram intensificar os protestos civis contra a inação climática se os líderes políticos dos dois países não mostrarem mais ambição e avanços em seu esforço para reduzir as emissões de carbono.
No Reino Unido, grupos como o Extinction Rebellion, Global Justice Now, Don’t Pay UK e PCS Union divulgaram dois “ultimatos” ao governo do primeiro-ministro Rishi Sunak. Eles exigem que Downing Street paralise a tramitação de novos projetos de combustíveis fósseis, especialmente no Mar do Norte, e que as autoridades criem “assembleias cívicas emergenciais” para dar voz à população britânica sobre a mudança do clima. Independent, Reuters e Sky News deram a notícia.
Já na Alemanha, o grupo Last Generation ameaçou novos protestos na região central de Berlim, nas proximidades dos principais órgãos do governo federal. Os ativistas acusam o governo do chanceler Olaf Scholz de violar a constituição alemã ao não alinhar as metas climáticas do país aos objetivos do Acordo de Paris para conter o aquecimento global em 1,5oC.
“Enquanto não houver um plano em que possamos confiar para proteger nossas vidas e futuro, e isso for baseado na constituição, somos obrigados a exigir tal plano com todos os meios pacíficos”, disse Carla Hinrichs, porta-voz do Last Generation, citada pela Associated Press.
Ainda sobre protestos climáticos, o Campeonato Mundial de Snooker foi interrompido na última 2ª feira (17/4) em Londres depois que ativistas invadiram as instalações e derramaram um pacote de tinta em pó laranja sobre a mesa onde acontecia uma partida. O ato foi realizado pelo grupo Juast Stop Oil, que ganhou destaque nos últimos tempos com manifestações em espaços públicos, como museus. Guardian e POLITICO deram mais detalhes.
Em tempo: As autoridades da Austrália prenderam dezenas de ativistas climáticos depois de um ato contra a exploração de carvão no estado de Nova Gales do Sul. Os manifestantes subiram sobre vagões de trem que transportavam o combustível para o porto de Newcastle e descarregaram parte do material. A notícia é do Guardian e Independent.
ClimaInfo, 19 de abril de 2023.
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