A província canadense de Alberta, que responde por parte significativa do petróleo produzido no país, voltou a sofrer com temperaturas recordes, que anteciparam a temporada de incêndios florestais no oeste do Canadá. Além da evacuação de milhares de pessoas, o fogo interrompeu a produção de óleo cru. Meteorologistas não preveem melhorias nas condições climáticas até a próxima semana.
Alguns dias mais frios ajudaram a acalmar os incêndios florestais, mas o calor está voltando. De todo o oeste canadense, Alberta foi a área mais atingida, com 91 incêndios florestais, incluindo 27 fora de controle até quarta-feira (17/5), informa a Reuters. Cerca de 38 mil moradores da região tiveram de deixar suas casas.
Os incêndios florestais também proliferaram na vizinha Colúmbia Britânica, bem como nas províncias de Saskatchewan e Manitoba.
“Este é um padrão muito incomum. Muitas vezes não vemos esses tipos de padrões configurados no início do ano. Vemos esses padrões no verão ”, disse à NBC o meteorologista de preparação para alertas do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Canadá, Terri Lang.
À medida que as chamas avançam sobre poços e oleodutos, as petroleiras Chevron e Paramount Resources interromperam juntas a produção de pelo menos 240 mil barris de petróleo por dia, de acordo com a consultoria de energia Rystad Energy. A probabilidade é que esse número suba, disse Thomas Liles, vice-presidente de pesquisa upstream da Rystad.
Segundo o New York Times, uma grande parte das regiões produtoras de gás de xisto de Alberta permaneceu sob alertas de incêndios florestais “extremos” ou “muito altos”. Por isso, outros 2,7 milhões de barris por dia de produção de areias betuminosas também estavam em risco, pressionando os preços do óleo.
E a fumaça dos incêndios no Canadá já circula pelos vizinhos Estados Unidos. Segundo o Washington Post, em grandes altitudes, os ventos fortes da corrente de jato transportaram a fumaça de Alberta para os EUA nas últimas semanas – estendendo-se das Montanhas Rochosas do Norte à Costa Leste. Em partes de Montana, a fumaça era espessa o suficiente para exigir um alerta de fumaça densa do Serviço Nacional de Meteorologia.
The Conversation, CNBC e CBC também trataram do assunto. Em tempo: A inundação mais catastrófica a atingir a Itália nos últimos cem anos, de acordo com o Guardian, já deixou 13 mortos e forçou pelo menos 20 mil pessoas a deixarem suas casas na região de Emilia-Romagna, no norte do país. Pessoas idosas e deficientes ficaram presas em suas casas, enquanto equipes de resgate trabalhavam sob forte chuva. As tempestades que atingem a região causaram o transbordamento de 23 rios e 280 deslizamentos de terra, engolindo 41 cidades e vilas. As estradas permaneceram bloqueadas, e viagens de trem foram canceladas ou interrompidas. Inundações e deslizamentos de terra “apocalípticos” também causaram estragos na Croácia, Bósnia e Eslovênia, destacou o Euronews, com especialistas alertando que os desastres relacionados ao clima estão aumentando no sul da Europa. CNN, BBC, Reuters e France24 também noticiaram as tempestades na Itália.
ClimaInfo, 19 de maio de 2023.
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