Dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon indicaram uma queda de 36% na taxa de derrubada da Amazônia nos primeiros quatro meses de 2023 na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o monitoramento por satélite, a destruição acumulada entre janeiro e abril deste ano ficou em 1.203 km2, bem abaixo dos 1.884 km2 registrados no mesmo intervalo de tempo em 2022.
Em abril, o desmatamento caiu 72% em relação ao mesmo mês no ano passado, indo de 1.197 km2 em 2022 para 336 km2 em 2023. Essa redução precisa seguir nos próximos meses, inclusive na temporada seca, que se inicia entre maio e junho, quando o índice de derrubada costuma ser bem maior.
Ainda assim, o patamar do desmatamento segue alto. O índice registrado no 1º quadrimestre de 2023 é o 3º maior da série histórica iniciada em 2008, atrás apenas do ano passado e do ano anterior (2021, com 1.963 km2), que segue como recorde.
Nos estados, o balanço é misto. Roraima (+73%) e Tocantins (+25%) registraram aumentos significativos do desmatamento, a despeito da queda agregada em todo o bioma. Já em termos de área desmatada, Mato Grosso (400 km2), Amazonas (272 km2) e Pará (258 km2) seguem na liderança do ranking.
“Essa redução observada em abril é positiva, porém a área desmatada ainda foi a quarta maior desde 2008 para o mês. Isso indica que precisamos implantar ações emergenciais de fiscalização, identificação e punição aos desmatadores ilegais nos territórios mais pressionados, focando nas florestas públicas que ainda não possuem uso definido e nas áreas protegidas”, explicou Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.
Agência Brasil e SBT News repercutiram as informações do SAD sobre o desmatamento amazônico nos quatro primeiros meses de 2023.Em tempo: Bela Megale destacou n’O Globo os principais números da retomada da fiscalização antidesmatamento do IBAMA nos primeiros meses do governo Lula. De janeiro até 12 de maio, foram lavrados 6.140 autos de infração ambiental, totalizando R$ 1,591 bilhão em multas a pessoas físicas e empresas. O valor é quase 90% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (R$ 838,3 milhões, com 3.944 autuações).
ClimaInfo, 19 de maio de 2023.
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