Temporada 2023 de furacões começa com expectativa de “quase normalidade” no Atlântico

Temporada de Furacões Atlântico 2023
NOAA/NASA

Começou a temporada de furacões no Oceano Atlântico, fenômeno climático que ocorre anualmente, entre junho e novembro, na região que abarca Caribe e Estados Unidos. Segundo os meteorologistas, o período deverá ser “quase normal”, ou seja, nem mais, nem menos forte do que tem sido a maioria das temporadas.

Segundo dados do Centro de Previsão Climática da Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), há 40% de chance da temporada de 2023 ser “quase normal”; 30%, de uma temporada “acima do normal”; e 30%, “abaixo do normal”.

Segundo a NOAA, haverá de 12 a 17 tempestades tropicais nomeadas com ventos de 140 km/h ou mais, das quais cinco a nove podem se tornar furacões, com ventos acima de 266 km/h. Quatro deles podem se transformar em grandes furacões, com ventos de 400 km/h ou mais.

Em abril, pesquisadores da Colorado State University, que emitem previsões sazonais há mais de 37 anos, previam uma temporada ligeiramente abaixo da média neste ano, destaca a CNN. Segundo eles, seriam 13 tempestades nomeadas, seis furacões e dois grandes furacões.

No dia 1º de junho, uma depressão tropical surgiu no Golfo do México, a noroeste de Fort Myers, na Flórida, com ventos máximos de 56 km/h, relatam Bloomberg, CBS e AP. No dia seguinte, transformou-se na tempestade tropical Arlene, a primeira nomeada da temporada, em uma trilha que a levava para o Sul, em direção à ponta oeste de Cuba. Arlene havia sustentado ventos de 65 km/h e estava localizada a cerca de 425 km a oeste de Fort Myers, movendo-se para o sul a cerca de 7 km/h, explicam AP e New York Times.

Vale lembrar que as tempestades deste ano chegam enquanto milhões de pessoas ainda estão se recuperando de anos consecutivos de devastação por furacões, do Texas ao Nordeste, e do Caribe à Virgínia Ocidental, lembra a npr. Um exemplo é Ian, que arrasou a Flórida há oito meses. Até hoje, milhares de pessoas tentam reconstruir suas vidas e voltar à rotina naquele estado norteamericano, como destaca a AP.

Apesar das previsões “positivas” da NOAA e da Universidade de Colorado, é notório que as mudanças climáticas têm afetado perversamente esses fenômenos. O aquecimento global e dos oceanos torna as tempestades mais propensas a ficarem mais intensas, frequentes e perigosas. O custo dos danos causados ​​pelos furacões disparou, sobrecarregando agências de emergência, seguradoras e orçamentos domésticos, deslocando bairros inteiros e provocando mortes e destruição.

Em tempo 1: Após atingir Guam e outras ilhas do Pacífico e se consolidar como o sistema de tempestade mais poderoso já registrado na Terra em mais de dois anos, o tufão Mawar agora provoca estragos no Japão. Até 25 centímetros de chuva foram previstos em partes do oeste e centro do país até a noite de sábado (3/6). Mais de 1,27 milhão de residentes em áreas vulneráveis, foram alertados sobre possíveis inundações e deslizamentos de terra e aconselhados a ir para centros de evacuação, informa a AP. Embora Mawar tenha enfraquecido, a Agência Meteorológica do Japão (JMA) pediu às pessoas que fiquem em alerta máximo, de acordo com a Reuters.

Em tempo 2: A meteorologista argentina Celeste Saulo será a primeira mulher a chefiar a Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU. Ele é diretora do Serviço Meteorológico Nacional da Argentina desde 2014 e ingressou no conselho executivo da OMM em 2015, segundo a AP. Especialista em sistemas de monções, Celeste é vice-presidente da entidade, de acordo com a Reuters. A partir de 2024, irá substituir Petteri Taalas, secretário-geral da OMM por dois mandatos e que deixará o cargo no final do ano.

ClimaInfo, 5 de junho de 2023.

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